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Número de nascimentos no Brasil registra queda e chega ao menor patamar desde 1977, diz IBGE

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Foto: Freepik

O número de nascimentos no Brasil caiu pelo quarto ano seguido em 2022 em comparação ao ano anterior, com 2,54 milhões novos registros. É a quarta queda consecutiva no total de nascimentos do país, que chegou ao menor nível desde 1977. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27).

De acordo com o IBGE, Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que apresentaram aumento de registros de nascimentos no período. Já as quedas mais intensas foram observadas nas regiões Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%) do país.

Parcela de mães com mais de 40 anos dobra em 22 anos

Os dados apontam para um aumento significativo de mães com mais de 40 anos: o número mais do que dobrou em 2022 (4,2%), na comparação com o ano 2000 (2%).

No entanto, o maior aumento foi registrado na faixa etária de 30-39 anos. Em 2020 o número era de 22%, já em 2022 foi para 37,5%

“Os dados evidenciam o aumento da representatividade dos nascidos vivos cujas mães pertenciam ao grupo etário de 30 a 39 anos”, segundo a gerente da pesquisa, Klívia Brayner
Enquanto isso, o número de mães com menos 20 anos diminuiu de 21,6% para 12,1%. A predominância da maternidade ainda acontece na faixa de 20 a 29 anos (49,2%), ainda que esse percentual fosse de 54,2% em 2000.

Efeitos da pandemia na maternidade

Em comparação com a média dos cinco anos anteriores à pandemia de COVID-19 (2015 a 2019), há uma diminuição de 326,18 mil nascimentos (11,4%), em 2022.

“A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos”, ressalta Klívia

Registro de pessoas do mesmo sexo bateu recorde

Apesar do número representar apenas 1,1% de todos os casamentos registrados no país, é 9,8% maior que em 2021 (9,2 mil) e representa o recorde da série, desde 2013. Naquele ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo, segundo o IBGE. Desses 11 mil, a maioria (60,2%) foi entre cônjuges femininos.

A quantidade total de casamentos cresceu 4% e de divórcios aumentou 8,6%.

Número de mortes de crianças e adolescentes cresceu

Segundo o Instituto, para a população com menos de 15 anos de idade, houve aumento do número de mortes de 2021 para 2022. No total, foram registrados 40,1 mil óbitos para pessoas de 0 a 14 anos, 7,8% a mais do que em 2021 (37,2 mil). O maior aumento se deu entre as crianças de 1 a 4 anos: 6 mil óbitos, 27,7% a mais do que em 2021 (4,7 mil). Para pesquisadora do IBGE, o fato das crianças terem demorado mais para cumprirem o esquema vacinal contra a Covid-19 contribuiu para o resultado.

“Segundo as informações do sistema [Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde], os óbitos cujas causas foram doenças respiratórias como gripe, pneumonia, bronquiolite, asma e outras corresponderam a mais de 60% da diferença do total no número de óbitos nessa faixa etária entre 2021 e 2022", justifica.

Fonte: SBT News

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