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Mulher é ameaçada por ex-marido, sofre tentativa de feminicídio e tem casa incendiada em Jaicós

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Por Breno Moreno

Uma mulher de 38 anos, identificada como Selma Edvirgem da Conceição, foi vítima de uma tentativa de feminicídio e teve a casa incendiada na noite desta segunda-feira (8) no município de Jaicós. O suspeito do crime foi identificado como Carlos Antônio de Carvalho, ex-marido da vítima. 

Ao Cidadeverde.com, Selma Edvirgem relatou que antes do incêndio, foi surpreendida e agredida pelo ex-marido em frente a lanchonete onde trabalha. “Chegou lá puxando meu braço e bateu na minha boca. Só não me matou porque meu irmão tirou ele de cima de mim e segurou ele”, disse. 

A vítima ainda procurou a Polícia Militar (PM) para denunciar a agressão, mas os policiais não conseguiram encontrar o suspeito. Com as ameaças do ex-marido, que continuou a perseguindo, Selma Edvirgem preferiu não voltar para casa e foi informada pelos vizinhos sobre o incêndio. 

“Passei o dia trabalhando e fui para casa, mas ele estava me esperando no meio do caminho. Quando vi ele, voltei correndo. Acelerei a moto e fugi dele, fui direto para o quartel. Os policiais foram atrás dele e não encontraram. Ele voltou la e tacou fogo em tudo, na minha casa toda”, lamenta a vítima. 

“Estou sem chão. Estou sem documento e sem nada, só estou com a vida. Quero justiça. Nem os documentos eu tenho, só sei do meu CPF porque sei os números. Os registros dos meus filhos, ele tacou fogo em tudo, em tudo que eu tinha, e ta me ameaçando, dizendo que vai me matar”, completou.

Essa não é a primeira vez que Carlos Antônio teria agredido e ameaçado Selma Edvirgem, com quem teve um relacionamento de sete anos. “Na nossa separação, ele não quis aceitar e ficava me ameaçando. Ele foi lá em casa, quebrou guarda-roupa e cortou fios de energia e internet”, lembra.

Tremendo pela vida, a vítima pede proteção. “Não quero morrer. Tenho dois filhos para criar ainda, uma menina de 12 anos e um filho de 19 anos, mas que depende de mim para tudo. Tenho que trabalhar para dar o sustendo da minha casa e da minha família. Moro só, não sei mais o que eu faço”, protestou. 

A Delegacia de Polícia Civil (DPC) de Jaicós informou que instaurou um inquérito policial para investigar o caso e protocolou na Justiça um pedido de medida protetiva de urgência. 

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