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Suspeito de matar adolescente de 17 anos no 'Tribunal do Crime' será julgado amanhã (7)

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Foto: Reprodução/Whatsapp 

Por Bárbara Rodrigues

O Tribunal Popular do Júri de Teresina julga nesta terça-feira (7) Igor Rodrigues de Sousa, conhecido como “Lucas Ryan”, pelo assassinato de Gizele Vitória Silva Sampaio, mais conhecida como Sereia, de 17 anos. O crime ocorrido em 2021 ganhou bastante repercussão por ser uma execução do Tribunal do Crime, onde foram divulgadas fotos da vítima dentro de uma cova, antes de ser assassinada, e também porque ela chegou a enviar uma mensagem para a família afirmando que seria morta.

O julgamento do caso será realizado pela 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, a partir das 8h, no Fórum de Teresina.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, a adolescente Gizele Vitória Silva Sampaio desapareceu no dia 8 de março de 2021. Nesse mesmo dia, ela encaminhou uma mensagem para um primo perguntando onde estava seu filho de dois anos. Logo depois mandou uma mensagem dizendo: “vão me matar”. A família tentou contato com ela, mas o número apareceu como bloqueado e não mais chamou.

Uma amiga da vítima foi até uma casa de um primo de Gizele, onde disse ter recebido uma foto da vítima, ainda viva dentro de uma cova, onde é possível ver uma arma de fogo do tipo pistola apontada para Gizele.

No dia 28 de abril de 2021, familiares da vítima receberam, através de mensagem de WhatsApp, fotografia de Gizele Vitória, aparentemente morta, dentro de uma cova. O corpo dela só foi encontrado no dia 22 de maio daquele ano, após uma ossada, ser localizada na beira do Rio Poti, na região da Vila Mocambinho, dentro de uma cova rasa.

Segundo o Ministério Público, no dia do desaparecimento a jovem tinha marcado de se encontrar com o Lucas Ryan, onde ele foi até a residência dela e logo depois a adolescente desapareceu. O crime teria ocorrido devido a uma rixa entre facções criminosas, porque a vítima afirmava ser de uma fação, e estava indo para um local frequentado por membros de outra facção.

“Em trabalho investigativo de campo, constatou-se que Gizele Vitória foi morta por integrantes de facção, e que sua execução foi realizada pelos faccionados da região da Vila Mocambinho III. Conforme se apurou, a execução ocorreu após um julgamento feito pelos faccionados, o qual é denominado por eles de ‘Cantoneira’, no qual é definida a penalidade para a pessoa que está sendo julgada, sendo que o julgamento é realizado por três ou quatro faccionados e deve ter o aval do ‘disciplina’ (líder) da facção”, informou o MP.

Três pessoas chegaram a ser indiciados pelo crime, mas a Justiça a aceitou apenas a denúncia contra Igor Rodrigues de Sousa, o “Lucas Ryan”, por entender que não existiam provas suficientes contra os outros dois suspeitos. 

Agora Igor Rodrigues vai responder pela prática do crime de feminicídio consumado e qualificado por motivo torpe com recurso que impossibilitou a defesa da vítima cumulado com ocultação de cadáver. Ele segue preso desde o dia 28 de abril de 2023.

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