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Mãe narra “brilho no olhar” após filha deficiente conhecer o paradesporto

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Por Pâmella Maranhão 

O Meeting Paralímpico que aconteceu neste sábado (18) em Teresina não foi apenas uma competição para fomentar a prática do paradesporto no estado. Marcou a união de famílias em momentos de inclusão na sociedade. Entre as muitas histórias que passaram pela pista de atletismo da UFPI estava a de Maria Luiza, 12 anos e atleta iniciante da modalidade bocha.  

“Ela é uma criança muito alegre, muito feliz, mas ela estava em uma situação de ficar somente na cadeira, muitas limitações e com o passar do tempo a APAE de José de Freitas acabou nos chamando e perguntou se podíamos colocar ela na modalidade, ela começou a treinar e eu vi um brilho diferente no olhar dela, mas motivação para levantar e fazer as atividades e contando dias para os treinos. Percebi um novo caminho para vida dela”, narrou Taniele Maria Ferreira, mãe adotiva de Maria Luiza.

Maria Luiza é cadeirante e foi adotada junto as duas irmãs – Evelin Vitória e Ana Clara no começo de 2023 por Taniele, que é cabelereira e o marido, que é chaveiro. O casal já tinha duas filhas e agora são cinco filhas e toda família mora na cidade de José de Freitas, a 54km de Teresina.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com


 
Eu comecei a fazer parte da casa de apoio de forma voluntaria e conheci elas. Não eram somente três, eram sete irmãos em que a mãe era usuária e os menores foram adotados e elas três não – uma tinha 16 anos, outra de 14 e a Maria Luiza de 11 anos. Pelo fato de as meninas serem mais velhas e Maria Luiza ter essa condição ninguém queria adotar elas. Até que o juiz através de uma liminar decidiu que elas iriam para um orfanato e meu coração não aguentou, pois ali eu já estava com seis meses tendo vínculo com elas e ali eu já sabia que Deus estava trabalhando na nossa vida. Ficamos com elas por amor”, narrou Taniele Maria. 

Na APAE de José de Freitas a garota Maria Luiza ao lado da mãe teve contato com o esporte, mas principalmente com uma porta para novas possibilidades. 


“Ela está começando é ter mais controle de alguns movimentos com mãozinha dela. O treinador dela deu uma bola e ela fica arremessando, agora ela não fica somente entediada em frente a televisão e agora ela pergunta sempre sobre os treinos”, narrou a mãe de Maria Luiza. 

O Meeting reuniu quase 100 atletas e de 11 municípios do estado do Piauí e foi a primeira vez que o evento paralímpico passou pelo estado. 

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