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Agência da ONU vai comprar alimentos da agricultura familiar do Brasil para vítimas de tragédias humanitárias

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Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

Por Roberto Araujo

Foi firmada na tarde desta quarta-feira (22) uma parceria entre o governo brasileiro e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), uma agência humanitária ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), para a destinação de produtos da agricultura familiar do Brasil para alimentar familias vítimas de tragédia humanitária no mundo

O convênio foi firmado durante reunião de representantes dos países do G20, que estão em Teresina para firmar uma aliança de combate à fome e à pobreza em todo o mundo. O evento teve a abertura oficial nesta quarta (22) e seguirá até sexta (24). 

O Programa Mundial de Alimentos tem ações para a distribuição de alimentos para regiões do mundo em situação de crise humanitária, onde as pessoas em situação de vulnerabilidade sofrem ainda mais com a falta de alimentos. De acordo com a organização, sediada na Itália, mais de 200 milhões de pessoas ao redor do planeta são atendidas pela entidade. 

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, citou que a iniciativa se dá nos moldes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) desenvolvido hoje no país, que compra produtos da agricultura familiar e destina para famílias em situação de vulnerabilidade.

"A gente vai aqui trabalhar para que os pequenos produtores possam, adequados com as exigências internacionais do Programa Mundial de Alimentos para com isso a gente ao mesmo tempo garantir apoio e tirar pessoas do Brasil elevando a renda", disse.

O Diretor do Centro de Excelência no Brasil do PMA, Daniel Balaban, cita que o programa atua em todo o mundo, sobretudo em áreas atingidas por guerras ou catástrofes, como é o caso da Palestina e da Ucrânia, e o próprio estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, vítima de catástrofe climática, têm sido prioritariamente atendidos pelo órgão. Embora seja um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o Brasil não participava do programa como fornecedor de produtos.

"A ideia é que o Brasil possa participar cada vez mais como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o Brasil tem uma agricultura familiar muito forte que tem condições de apoiar também os países que hoje estão necessitados de alimentos. Vai fortalecer a agricultura familiar brasileira, vai fortalecer a produção brasileira, e ao mesmo tempo vai fornecer alimentos de qualidade para todas as partes do planeta. É 'ganha-ganha', ninguém sai perdendo", citou.

Com o convênio firmado, além do Ministerio do Desenvolvimento Social (MDS), outros órgãos do governo federal, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), além de entidades que representem os agricultores familiares, juntamente com o PMA, irão estabelecer um plano de produção da participação brasileira, a partir das necessidades que o programa tem e da capacidade produtiva da agricultura familiar.

De acordo com Wellington Dias, a partir deste planejamento vai ser possível apontar quanto poderá ser comprado de alimentos. Em 2021, na época da pandemia de Covid-19, cerca de 20 bilhões de dólares foram utilizados pela entidade para adquirir alimentos e destinar para países mais afetados com a crise social. Ainda conforme o ministro, em 2023, foram aproximadamente R$ 1 bi e 100 milhões de reais comprados em alimentos pelo programa PAA pela Conab, que foi distribuído para famílias em situação de vulnerabilidade no Brasil.

G20 em Teresina

Delegações de 30 países, mais representantes da União Europeia, Africana e bancos internacionais, estão em Teresina a partir desta quarta-feira (22) para construírem uma Aliança Global de combate à fome e à pobreza no mundo dentro do G20. 

A abertura aconteceu nesta manhã no Centro de Convenções, com fala do ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias e do governador Rafael Fonteles (PT). Wellington Dias pediu um minuto de silêncio para lembrar as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. A primeira-dama da República, Janja Silva, também mandou mensagem para os presentes.

Por três dias, até sexta-feira (24), países das maiores economias do mundo vão discutir propostas de combate às desigualdades sociais e fechar uma Carta de Teresina com compromissos de tirar o Brasil e o mundo do mapa da fome.

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