Cidadeverde.com

Conselho de Medicina irá investigar erro médico no caso do bebê Isack

Imprimir
O Conselho Regional de Medicina (CRM) também irá investigar o caso do bebê Isack Salis Pereira Costa, que faleceu nesta quinta (23) após ficar internado por cinco dias no Hospital de Urgências de Teresina. A criança de seis meses que deu entrada com sintomas de vômitos e, segundo o laudo oficial, teve falência múltipla de órgãos. No entanto, as queimaduras de segundo grau nas pernas e costas do menino podem ser marcas a indicar um atendimento inadequado.
 

 
É isso que o Conselho de Medicina, a pedido da Prefeitura Municipal de Teresina e do Ministério Público, irá apurar. “Vamos abrir sindicância para apurar os responsáveis, se é que existem responsáveis”, diz Fernando Correia Lima, vice-presidente do CRM. Para ele, as queimaduras podem não ter sido determinante na morte da criança, mas causaram sofrimento, embora não acredite em erro médico. “É um caso extremamente grave. (Mas) genericamente, nenhum médico colocaria bolsas ferventes na criança. Seria um crime. O que pode ter acontecido é que o médico tenha prescrito (o tratamento com bolsas)”, afirma.
 
Lima explica que a aplicação das bolsas pode ter sido utilizada no tratamento contra hipotermia (temperatura muito baixa no corpo) ou no caso de problemas para o bebê urinar. “As bolsas servem para relaxar o esfíncter (do aparelho urinário) ou para elevar a temperatura. A enfermagem deveria testar no próprio corpo. É o que deve ter sido feito no caso da criança”, supõe.
 
O Ministério Público iniciou as investigações e o próprio HUT abriu um processo administrativo disciplinar para apurar o caso.
 
 
Carlos Lustosa Filho
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais
Tags: