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Meta do Piauí é reduzir em 36% a emissão de CO2 até 2030, diz Rafael Fonteles

Por Adriana Magalhães

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O Piauí produz hoje cerca de 14 milhões de toneladas de CO2, por ano, e a meta do estado é reduzir em cerca de 36% essa emissão, e chegar em 2030 emitindo nove milhões de toneladas desse gás. A informação foi revelada pelo governador Rafael Fonteles, nesta sexta-feira (2).

O compromisso foi firmado pelo estado, junto ao Governo Federal, no Plano Clima Participativo. As discussões para a formulação do plano chegaram ao Piauí, que sedia hoje (02) a Plenária Territorial do Bioma Caatinga. O evento conta com a participação dos ministros Márcio Macêdo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; Marina Silva, ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil e; Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil (MDS).

A caatinga é o quarto maior bioma do país, e ocupa uma área de 862.818 km², o equivalente a 10,1% do território nacional. Engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que 42,6% da área total da Caatinga já foram desmatados. Segundo o IBGE, vivem na Caatinga aproximadamente 28 milhões de pessoas, e cerca de 30% vivem no campo.

No Piauí, o bioma ocupa cerca de 28% do território do estado e está presente em 63 municípios piauienses. O resultado conseguido pelos estados também integra o plano e contribui para que o país consiga alcançar suas metas. De acordo com o governador do Piauí, Rafael Fonteles, as emissões de CO2 no Piauí são, em sua maioria, originadas do desmatamento e da agropecuária.

"O Piauí atingiu um pico de produção de CO2 em 2012, quando produziu 35 milhões de toneladas de CO2. Agora estamos na casa de 14 milhões de toneladas, essa redução é fruto de um trabalho de redução do desmatamento feito pelo governo Wellington Dias e, agora, pelo nosso governo", disse.

No total serão realizadas oito plenárias, contemplando os seis biomas brasileiros e a áreas litorâneas. Segundo ministro Márcio Macêdo, o Piauí foi escolhido para sediar as discussões em torno da caatinga tendo como base informações técnicas sobre o bioma, predominante no Nordeste do país. A ideia central da plenária é colher propostas que integrarão o Plano Participativo do Clima.

Além do Ministério do Meio Ambiente, outras pastas também participam da discussão, a exemplo do MDS.

"O conhecimento mais profundo sobre o bioma nos permite conviver nele com maior responsabilidade. Porque as consequências da crise climática chegam para todos, atingem a toda sociedade, mas em especial os mais pobres, a exemplo que vimos no Rio Grande do Sul", disse o ministro Wellington Dias.

Em 2023, o Brasil reduziu em 50% o desmatamento no país. Segundo a ministra Marina Silva, grande parte do CO2 produzido no país vem do desmatamento e do uso da terra. A ideia do plano é pactuar com todos os setores da economia um percentual de redução para que o país possa atingir a meta pactuada na Conferência do Clima.

"O Plano Participativo do Clima é o esforço feito pelo Brasil para alcançar suas metas de emissão de CO2. Cada país tem suas metas pactuadas. Hoje atuamos em duas agendas. Uma de redução da emissão de CO2 e outra na adaptação do país aos problemas que já enfrentamos", disse a ministra Marina Silva.

A plenária acontece a partir das 14h, no Centro de Convenções de Teresina.

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