Durante todo o alvoroço em torno da ação de despejo que a Polícia Militar deveria cumprir na manhã desta sexta (31) no Alto da Felicidade, zona Sudeste de Teresina, houve quem encontrou tempo para orar. A senhora Marta de Oliveira Neres, 55 anos, reuniu amigas e enquanto alguns militantes gritavam palavras de ordem, ela rezava um terço pedindo proteção àqueles que seriam despejados.

 

 

 

 

 

A Polícia Militar se preparou com munições diferentes conforme os ânimos pudessem ficar mais acirrados. Se acontecesse um confronto, a ação seria gradual. Os militares inicialmente usariam as bombas de efeito moral, em seguida as munições de borracha e por último a arma "taser" de imobilização. Segundo a tentente-coronel Júlia Beatriz, as armas de fogo seriam utilizadas apenas em caso extremo.

 

 

 

 

 

 

O secretário estadual de Comunicação, Washington Soares, que representou o governador Wellington Dias, visitou os casebres erguidos na ocupação e tentou evitar o confronto entre sem-teto e os militares. Os moradores fizeram barricadas e tentaram ao máximo impedir a entrada da polícia no terreno de 27 hectares.