Mesmo com dinheiro em caixa os trabalhos de asfaltamento de várias rodovias estaduais ainda não começaram ou foram retomadas. Enquanto a população cobra o governador Wellington Dias (PT) se mostra insatisfeito com o cronograma e vai cobrar ação das empresas que, para o deputado João de Deus (PT), em alguns casos, “estão fazendo reserva de obras”.

 

 
Na última semana, em audiência com o secretário de Transportes, Luciano Paes Landim, o parlamentar procurou informações sobre alguns trechos e, segundo ele, ficou revoltado com a falta de compromisso de empreiteiras. Em alguns casos o contrato foi rompido, o que provocará o atraso do início das obras.
 
“A população fica ansiosa aguardando e acontece isso. Uma empresa concorre, ganha a licitação e agora, gratuitamente diz que não quer mais fazer a obra. No trecho que vai do entroncamento da PI para Alto Longá até Beneditinos, por exemplo, a empresa desistiu, a segunda e a terceira colocada também. Será preciso fazer nova licitação, um atraso de no mínimo 60 dias. Uma empresa dessas merecia uma multa. Acredito que algumas estão fazendo estoque de obras. Ganham as licitações, não podem fazer tudo, mas fazem alguma coisa e ficam segurando para não deixar de ter obra a ser feita em contrato com o Estado”, declarou.
 
João de Deus lembra que passa para a população que a culpa pelo atraso é do Estado e, por isso, conversou com o governador. Wellington Dias garantiu que fará nova reunião com as empresas para cobrar agilidade nas obras. Dentre os trechos citado pelo parlamentar está o de Teresina-José de Freitas-Cabeceiras.
 
“A Sucesso ganhou essa licitação, mas até hoje não começou. A Jurema venceu a licitação para a estrada de Sigefredo Pacheco, passando pelo povoado Lagoinha. O governador já autorizou, mas a obra está parada e torço para que não precise reincidir o contrato. Fui informado pela Construtora Luis Costa que já fez 10 km de terraplanagem e asfaltou 5 km da PI que liga Cabeceiras a Barras. É isso o que a população e nós queremos ver. Outro trecho que também começou foi o de Teresina-União”, explicou.
 
O líder do PT na Assembleia Legislativa lembrou que, no caso do Aeroporto de São Raimundo Nonato a Getel foi a vencedora da licitação com proposta de R$ 6 milhões, quando a obra era de R$ 12 milhões. No entanto, disse, não respeitam o contrato.
 
“Por causa da burocracia o governo passou um ano para desfazer o contrato. O povo pensa que é falta de cuidado do governo e não é. Aprovamos na Alepi a criação de um cadastro de inadimplentes e daqui para frente aquelas que não cumprirem seus contratos vão parar nessa lista”, afirmou.