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Cerrado piauiense é a região que mais cresce; é o 2º PIB do PI

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Fotos: Reprodução TV/Imagens Chico Lobo

 
Com ajuda de imigrantes do sul do Brasil, os Cerrados é a região que mais se desenvolve no Estado. Ainda com a agropecuária, economia secular, os moradores do extremo sul do Piauí, vem desenvolvendo atividades e cidades como: Corrente, Uruçuí, Bom Jesus, Corrente, Cristino Castro, Palmeira do Piauí e Nova Santa Rita.
 
Em Corrente, o gado é o motor da economia. A pecuária ganha novo impulso com a nova classificação do Piauí em relação à febre aftosa. Alguns criadores são o retrato dessa experiência bem sucedida.
 
A cidade é referência para dez municípios que desperta para novidades na assistência à saúde, educação e prestação de serviços. Cidades próximas também “pegam carona” nesse potencial de desenvolvimento, em Gilbués a exploração do diamante prova que os tesouros da região são diversificados.
 

Graças à produção agrícola, é surpreendente o impacto positivo da injeção de recursos na região dos Cerrados. Maior renda per capita. Melhor qualidade de vida dos habitantes, com lojas de máquinas e equipamentos se instalam na região. A geração de empregos e renda beneficia outros setores como o de serviços, com o crescimento do comércio, hotelaria e restaurantes. Outros empreendimentos desenham um novo perfil na economia.

Subindo um pouco mais em direção ao Norte, a pequena Currais, emancipada há 12 anos nasceu forte graça ao campo. São 35 mil hectares abertos nos Cerrados das Serras Laranjeiras e Pirajá enormes estruturas construídas para beneficiamento de grãos, principalmente a soja. Fazendas e investidores atraídos pela riqueza natural da última fronteira agrícola do país.

Gaúchos no Piauí

Acreditando no potencial do Cerrado piauiense, pequenos agricultores gaúchos e paranaenses trocaram o sul do Piauí por uma nova e promissora região. No alto da Serra Branca foi fundada a agrovila Nova Santa Rosa (a 444 km de Teresina), nome dado em homenagem à cidade de origem, no Rio Grande do Sul, onde 125 famílias vivem com estrutura de cidade em formação, no meio da chapada. Eles cultivam 35 mil hectares de grãos, principalmente soja, com uma produtividade média de 50 sacas por hectare.
 
 
Mas, no início, há 10 anos, os gauchos chegaram a andar 40 quilômetros para encontrar água para beber e uso pessoal. “Esta é a história de pessoas que saíram de muito longe, em busca de novas terras, novas conquistas, igual a história do Brasil”, define Tarcísio Balsan, presidente da Associação dos Produtores Rurais de Serra Branca Nova Santa Rosa.
 
Ele é um dos pioneiros que desembarcou em plena mata e abriu clareiras para armar as primeiras barracas de lona, que serviram de abrigo inicial às 35 famílias que trocaram a cidade gaúcha de Santa Rosa, a 600 quilômetros de Porto Alegre e pioneira no cultivo de soja no Brasil, pela solidão dos Cerrados do Piauí. Mesmo com as dificuldades, não esconde a satisfação ao mostrar os resultados que já conseguiram.
 

Os moradores puxaram energia elétrica, construíram posto de combustível, unidade de saúde, escola, que oferece do ensino infantil ao médio. A igreja está quase pronta. E não é por acaso que Nova Santa Rosa antecipa o futuro.

Este ano, foram 85 mil toneladas de soja, milho, arroz, feijão e milheto, gerando cerca de R$ 2,5 milhões de reais em Imposto sobre Consume de Mercadorias e Serviços (ICMS).
 
 
No Cerrado, a natureza enche os olhos por onde passa. Emas nativas podem ser vistas na Serra Branca, paredões de rocha pura. A plantação de cana de açúcar, em Palmeira do Piauí, transforma os minifúndios de 200 famílias em pólo de cachaça artesanal, chegando a fabricar em média um milhão de litros de cachaça por ano, conhecida como Paineira.
 

Bom Jesus e Uruçuí: qualidade de vida desenvolvida no meio dos Cerrados

O desenvolvimento no campo repercute nas cidades. Bom Jesus do Gurguéia cresce em ritmo acelerado, comercio forte, abastece boa parte do Sul do Piauí. Novos bairros de classe média surgem no município, atraídos pelo agronegócio, investidores chegam para ficar na cidade. A educação evolui com o Ensino Superior da Universidade Federal que amplia o campus do município e mantém cursos direcionados ao desenvolvimento da região.
 

Em Uruçuí (482 km de Teresina), o crescimento é em ritmo acelerado. A cidade possui a segunda maior arrecadação de ICMS do Estado. O PIB de Uruçuí é de R$ 19.471 por pessoa, bem distante do de Teresina, que é de R$ 7.482, e de Picos, de R$ 6.116.

Desde 2001, Uruçuí é a região que mais cresce no Brasil, alcançando uma taxa média de 37% durante sete anos seguidos.
 
Só no município, a área plantada é de 65 mil hectares. A agricultura é praticada com modernas tecnologias e cuidados no manejo da terra. Os produtores estão deixando o sistema tradicional de cultivo pelo plantio direto.
 

Um estilo inovador de exploração das terras, com produção e responsabilidade ambiental, são os chamados corredores ecológicos, quem une as áreas destinadas a reservas permanentes, são cinco grandes propriedades, num total de 20 mil hectares, estão sendo preservados num único corredor ecológico, sem risco de desmatamento.

Aliando a preservação do meio ambiente, com belezas naturais e riquezas, o Sul integra potenciais, trabalho e investimentos que transforma a economia em desenvolvimento.

 

Caroline Oliveira
com informações do repórter Elivaldo Barbosa
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