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Mulher desaparecida pode ter sido morta em ritual macabro

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Funcionária pública do estado do Maranhão, Lidinalva Moraes Lopes, 55 anos, está desaparecida há duas semanas. Ela morava sozinha na rua telegrafista Francisco Medeiros, Parque Alvorada, zona Norte de Teresina e costumava freqüentar um movimento religioso em uma casa que ficava às margens do rio Parnaíba, próxima à avenida Boa Esperança na Vila Carlos Feitosa, também na zona Norte.
 
Vizinhos deste local afirmam que Lindalva pode ter sido morta em rituais macabros e seu corpo esquartejado e enterrado na região.
 
Foto: reprodução
Populares disseram que na casa, que fica ao lado do centro onde acontecia os rituais religiosos, há um buraco que exala um mau cheiro muito forte. Eles acrescentam que a polícia esteve no local e comentou que a senhora talvez tenha sido esquartejada.
 
Em vários espaços do terreno a terra está fofa. Há suspeitas que a senhora teria tido partes do seu corpo enterradas nestes buracos, e ainda que estas poderiam ter sido retiradas depois.
 
Fotos: Leilane Nunes/CidadeVerde.com
 
Buraco onde foram encontradas as roupas de Lidinalva
 
Centro onde rituais aconteceram estava todo revirado
 
Segundo uma vizinha, que não quis se identificar, os responsáveis pelo local onde eram realizados os cultos religiosos são dois irmãos baianos donos de um bar no Parque Alvorada. Ela afirma que a dupla só ia  lá à noite para fazer seus rituais e que Lidinalva era uma seguidora da religião.
 
Objetos usados nos rituais
 
Vários objetos usados nos rituais como: vasilhames de cerâmica com búzios, altares, chocalhos, facões, crucifixo, e muitas roupas, inclusive femininas, espalhadas e um pote cheio de sangue foram encontrados no espaço. O portão da casa de taipa possui diversas inscrições em uma língua que não é o Português.
 
 
Pote estava cheio de sangue
 
Do lado de fora, em um buraco, foram encontradas na noite desta terça (3) roupas de Lidinalva, um par de chinelos, um chapéu, que foram reconhecidos pela filha da mulher e também um porta-retrato com fotos dos dois irmãos baianos vestidos de branco, durante um ritual.
 
Porta-retrato mostra irmãos em ritual
Visão

A vizinha da servidora pública, Verônica Bandeira Rocha, diz que no último domingo, os dois baianos fizeram uma grande festa no local e dias depois a residência exalava um mau cheiro como se algo estivesse apodrecendo.
 
“Para umas pessoas eles diziam que ela iria vender a casa ou alugar o quarto. Eles estavam morando com ela. Depois que ela sumiu, a gente perguntava e eles diziam que ela tinha viajado ou que estava no Maranhão com o filho, ou que estava aqui em Teresina. Mas para cada um falavam algo diferente. Todo mundo aqui acredita que eles mataram ela para ficar com a casa. Algumas pessoas dizem que eles já tinham feito a mesma coisa com outra pessoa”, descreve a vizinha.
 
Casa de Lidinalva
 
Versão

A polícia recebeu a notícia do sumiço de Lidinalva um dia após seu desaparecimento, através de um sobrinho, mas não detectou qualquer indício de crime. Na semana passada, os vizinhos da funcionária foram ao 7º DP afirmar que ela ainda estava desaparecida e que havia um mal cheiro na casa. A polícia foi ao local, arrombou a residência e encontrou apenas uma galinha morta.
 
As investigações mudaram de rumo quando os policiais foram até o local onde os rituais eram realizados.
 
“Ontem nós cavamos um buraco (nas proximidades da casa) e achamos roupas ensanguentadas e uma das filhas reconheceu como sendo dela (Lidinalva)”, conta o delegado José Gonçalves, titular do distrito.
 
Também foram achados objetos dela como microondas. A polícia acredita que a mulher foi morta e teve seu corpo desovado no rio e que os baianos estariam recebendo salário da vítima numa agência da Caixa Econômica em Caxias (MA).
 
 Porta da casa
 
Imagem encontrada no canto do quarto
 
 
 
Flash de Leilane Nunes
Redação: Carlos Lustosa Filho
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