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Mais de 10 mil famílias do PI ficarão sem casa se preços de materiais não baixarem

A Agência de Desenvolvimento da Habitação e a Federação das Indústrias do Piauí protagonizam uma briga por conta do aumento de 70% registrado nos preços dos materiais de construção após o lançamento do PAC da Habitação no Estado.

Segundo a ADH, o programa previa a construção de cerca de 36 mil unidades habitacionais no Piauí, o que não será possível cumprir por conta dos preços exorbitantes atualmente praticados, principalmente pelos ceramistas.

Marcelino Fonteles, presidente da ADH, afirma que um milheiro de tijolos, por exemplo, custava R$ 220 e hoje está custando R$ 370.
 

"É um absurdo. Com uma inflação de 4,5% ao ano não é possível aceitar um aumento de 70% no preço de qualquer produto. Não sei quem inventou essas taxações. Os donos de cerâmicas estão exorbitando, se aproveitando de um programa que tem caráter social. Isso é um crime contra o interesse público, superfaturamento de preço. E o MPE já havia constatado isso. O mercado não está acima da sociedade", argumentou Marcelino durante debate no Jornal do Piauí.
 

 
O vice-presidente da Fiepi, Joaquim Costa, contestou os números apresentados pelo presidente da ADH. Para ele, as indústrias aumentaram o preço por conta do período de seca, em que há um agigantamento do setor da construção civil.

"O milheiro custava R$ 220 e hoje estamos vendendo tijolo a R$ 240 para materiais de construção. Isso não é o preço para o comprador final. O revendedor agrega o frete e outros insumos. Além disso, na época em que não tem chuva a indústria da construção civil se agiganta. É o momento de construir", declarou.

Leilane Nunes
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