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Agespisa afirma que falta de água é causada por 'roubo'

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Durante audiência com os vereadores de Teresina e associações de moradores da região da Santa Maria da Codipi, o presidente da Agespisa, Merlong Solano, declarou que essa é a região que apresenta o maior desperdício e roubo de água.
 
Fotos: Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com
R. Silva quer providências da Agespisa
 
"Queremos que a Agespisa dê uma solução para esse problema e que apresente um projeto para fornecer água de melhor qualidade à população", reclama o vereador R. Silva (PP) que requereu a Audiência Pública.
 
Segundo Merlong, Teresina registra um desperdício de cerca de 40% da água produzida. Na região da Santa Maria esse índice passa de 60%. "Nessa região existem 15 poços que produzem mais água do que o necessário. A média de produção é de 120 litros por dia por pessoa quando o recomendado é de 100 litros", disse.
 
A Agespisa está fazendo a regulação do sistema de distribuição na região do Parque Brasil. Serão 30 Km de rede com tubos de PVC.
 
O grande desperdício, de acordo com a Agespisa, é ocasionado pelas gambiarras que os moradores fazem. O Cidadeverde.com flagrou uma equipe da Agespisa consertando um cano que havia sido quebrado. Porém, não era cano da rede normal, mas sim uma tubulação feita pela população, usando canos de rede elétrica.
 
Caminhão de lixo passou e quebrou encanamento
 improvisado feito por moradores.
 
Esses canos são mais finos e instalados em baixa profundidade, ocasionando constantes interrupções no fornecimento.
 

 
Lucicléia Oliveira, 26 anos, mora na rua Professora Maria da Cruz, parque Brasil II. Estava indo na casa de uma vizinha para buscar água em 2 baldes. Ela disse estar há quase 15 sem água e ontem voltou, mas depois faltou novamente. Ela tem 2 filhas, é dona de casa. Segundo ela, no Monte Verde, a situação é pior. "Minha sogra está tendo que comprar tambor de água por até R$ 10.
 
Lucélia coloca água da casa da vizinha em seus baldes.
 
Quem ajuda Lucicléia é Girlane Moraes Pereira, 25 anos. Ela conta que as duas fizeram amizade porque Lucicléia ia pedir água e ela sempre a ajudou. Ela diz que tem pelo menos 5 mulheres que pegam água na casa dela todos os dias.
 
A camelô Maria de Jesus da Silva, 43 anos, reclama das gambiarras. "A própria população não se conscientiza porque quando um cano arrebenta na minha rua eu vou lá e conserto. Mas as outras pessoas deixam ficar derramando água até formar esses rios".
 
Jesus mostra "lagoa" que se formou em plena
rua por causa do cano que se rompeu...
 
Ela explica que a população montou as gambiarras numa profundidade muito rasa e quando os carros passam acabam quebrando a tubulação. "Isso acontece todos os dias", finaliza.
 
...e a água fraca saindo da mangueira de sua casa que está sendo construída.
 
Estavam presentes na audiência pública os vereadores R. Silva (PP), Rodrigo Martins (PSB), Rosário Bezerra (PT), Luís Lobão (PMDB), Edvaldo Marques (PSB), Décio Solano (PT), Valdemir Virgino (PHS).
 

 
Flash de Carlos Lustosa Filho
Redação de Leilane Nunes
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