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Prefeitura realiza mutirões de combate à hanseníase

O cuidado no combate à hanseníase vem sendo objeto de mutirões promovidos pela Fundação Municipalde Saúde (FMS) em vários bairros da cidade. O objetivo é prevenir e melhorar o diagnóstico da doença, bem como agilizar o tratamento com a identificação de manchas suspeitas na pele das pessoas examinadas.

No último sábado, 28 de novembro, a Coordenadoria Regional de Saúde Centro Norte realizou mutirão da hanseníase no Centro de Saúde Cecy Fortes, no bairro Porenquanto, onde mais de 30 pessoas foram examinadas. Elas já haviam recebido em seus domicílios a visita da equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF), ocasião em que manchas suspeitas foram identificadas, sendo então convidadas a participar do mutirão para a confirmação ou não da doença e início de tratamento.

No próximo dia 12, outro mutirão de hanseníase será realizado no Hospital Dr. Alberto Neto, no Dirceu Arcoverde II, pela Coordenadoria Regional Leste Sudeste.

A enfermeira Adriana Fábia, organizadora da programação, revela que o objetivo é facilitar o acesso de pacientes com qualquer mancha suspeita ao tratamento, que geralmente dura de seis meses a um ano. Identificada a doença no ato do exame, o paciente é logo medicado e liberado para sua residência, onde passa a receber o tratamento por parte dos profissionais da equipe saúde da família.

Nos mutirões, a FMS coloca à disposição da população médicos dermatologistas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. A hanseníase é uma doença causada por um micróbio chamado bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Não é hereditária e a forma de transmissão é pelas vias aéreas: uma pessoa infectada libera bacilo no ar e cria apossibilidade de contágio. Porém, a infecção dificilmente acontece depois de um simples encontro social, e a transmissão deixa de ser um risco logo que é iniciado o tratamento.

De acordo com o Programa Municipal de Controle da Hanseníase, a doença é hoje considerada hiperendêmica em Teresina, principalmente em menores de 15 anos.

Entre as várias medidas que estão sendo tomadas pela FMS para controlar a doença, uma é a descentralização do diagnóstico. As coordenadorias regionais de Saúde passam agora a processar as informações recebidas das unidades de seu território para depois enviá-las à Gerência de Epidemiologia da FMS, que fará o controle da gestão.


Redação
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