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Poupança tem maior captação da história no mês de dezembro

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Influenciada pelo pagamento do 13º salário dos trabalhadores, a caderneta de poupança registrou, em dezembro do ano passado, o ingresso líquido (depósitos menos retiradas) de R$ 9,17 bilhões, o maior da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995.

Até o momento, a maior entrada líquida de recursos (depósitos menos retiradas) na caderneta de poupança registrada para um mês fechado havia ocorrido em dezembro de 2007, no valor de R$ 9,13 bilhões de entrada líquida.

Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o pagamento do décimo terceiro salário injetou cerca de R$ 85 bilhões na economia brasileira nos últimos dois meses de 2009.

Ano de 2009

Já em todo ano passado, a entrada líquida de recursos na caderneta de poupança somou R$ 30,4 bilhões, segundo números do Banco Central, o que representa, de acordo com a instituição, o segundo maior valor para um ano fechado, perdendo apenas para 2007 (R$ 33,3 bilhões).

Em 2009, a poupança registrou retirada de recursos nos meses de janeiro, março e abril deste ano. O resgate do investimento pelos poupadores aconteceu no período em que a crise financeira internacional teve maior impacto sobre a economia brasileira, ou seja, no fim de 2008 e início de 2009. De maio em diante, a poupança passou a registrar, novamente, ingresso de recursos.

Em todo ano passado, os depósitos na poupança somaram R$ 1,04 trilhão, enquanto que as retiradas totalizaram R$ 1,01 trilhão, segundo números da autoridade monetária. O saldo total de recursos depositados na caderneta de poupança, por sua vez, somou R$ 319 bilhões no fim de 2009, contra R$ 270,4 bilhões no fechamento de 2008.

Mudanças na poupança

Com o processo de queda dos juros no primeiro semestre de 2009, cresceu a atratividade da poupança frente aos fundos de renda fixa. Preocupado com uma eventual fuga de investidores dos fundos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a anunciar mudanças na tributação da poupança para 2010. A ideia era taxar aplicações acima de R$ 50 mil com uma alíquota de 22,5%.

Segundo Mantega, isso deixaria de fora os pequenos poupadores, pois dados da equipe econômica indicam que 99% dos investidores da poupança não têm saldo acima de R$ 50 mil nesta modalidade de investimentos. Entretanto, por ser impopular, a proposta não tem sido levada adiante pelo governo federal.

Expectativa de subida dos juros

Desde o fim de setembro, cresceu, porém, a percepção, no mercado financeiro, de que os juros podem subir no próximo ano. Isso se deve à divulgação, por parte do Banco Central, do relatório de inflação do terceiro trimestre, documento no qual a autoridade monetária prevê aumento da inflação no fim de 2010 e início de 2011, impulsionado pelos gastos públicos.

Deste modo, argumentam parlamentares e membros do governo, não haveria necessidade imediata de taxar a poupança (cuja atratividade cresce na medida em que os juros caem). O próprio ministro Guido Mantega já descartou taxar poupança em 2010.

Fonte: G1

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