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Dono de rede de sushi é preso por roubo a joalheria do Carvalho

Yala Sena/Cidadeverde.com


O presidente da Comissão Investigadora do Crime Organizado - CICO -, delegado Bonfim Filho, confirmou na noite desta segunda-feira (11) a prisão do dono de restaurantes de comida oriental, como sushis e sashimis. Afonso Celso Barros Júnior foi detido no Centro de Fortaleza/CE e já se encontra em Teresina. A investigação da polícia apontou que ele pode ter dado logística aos bandidos, apesar de negar envolvimento no roubo de R$ 1 milhão em jóias da loja Diamantina, no Comercial Carvalho da avenida Homero Castelo Branco, zona leste. O crime aconteceu no dia 28 de dezembro.

O empresário teria vários restaurantes em Teresina, inclusive em um dos shoppings da capital. Em sua defesa, ele teria alegado que o bacharel em Direito Ângelo Diógenes de Sousa, preso no interior do Maranhão, o pediu ajuda logística, mas ele se negou. A polícia não crê nessa versão.

Ângelo foi apresentado para a CICO nesta noite após ser recambiado do inteiror do Maranhão. Ele seria o responsável por revender as jóias. Perguntado sobre o paradeiro das mesmas pela polícia, ele teria prometido informar a localização ao chegar em Teresina. Na Comissão, ao lado dos advogados, usou o direito de só falar em juízo.



Jóias escondidas na caixa d'água
Segundo Bonfim Filho, a investigação da polícia só chegou a Ângelo após a prisão do empresário. "No depoimento do Afonso, o advogado telefonou no dia 16 de dezembro para eles se encontrarem no Comercial Carvalho da Homero, e ele foi. Quando chegou lá, no quiosque Diamantina, o advogado estava observando as jóias e disse que iria mandar o Denis praticar o roubo. No final do mês, houve o assalto da joalheria", relatou.

Outros presos foram identificados apenas por um nome. Denis seria o chefe da quadrilha. Kennedy e Coimbra foram acusados de dirigirem os carros usados na fuga. Ainda foram detidos Rivaldo, Júnior, e João, taxista que revelou onde o ouro ficou guardado na caixa d'água da casa. O crime ocorreu pela manhã. À noite, Ângelo teria passado no local e levado o produto do roubo.

Agora a Polícia vai divulgar para a imprensa imagens do circuito de segurança da loja. Só um dos acusados continua foragido, e é procurado por equipes das Rondas Ostensivas de Natureza Especial - Rone.



Recuperar as jóias
Para a polícia, não há dúvidas da participação de Afonso e Ângelo, que seriam amigos de longa data. Agora, o trabalho é para recuperar as jóias.

Na entrevista coletiva, por volta de 21h, Bonfim Filho aproveitou para alertar os comerciantes do ramo a não receberem jóias que possam ser produtos do roubo. Do contrário, caso a polícia flagre, poderão ser enquadrados por formação de quadrilha junto com o mesmo bando, por receptação de produtos roubados.

Bonfim Filho acredita que o ouro não foi derretido. "Quando se rouba em pequena quantidade, eles derretem para virar barra de ouro. Mas quando é jóia trabalhada, o valor fica mais alto. Geralmente elas são vendidas no Rio de Janeiro e outros estados", concluiu.

Yala Sena (flash da CICO)
Fábio Lima (da Redação)
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