O presidente da Agência de Desenvolvimento da Habitação, Marcelino Fonteles, declarou hoje no Jornal do Piauí que não consegue dialogar com a justiça piauiense para resolver o problema das desapropriações de terrenos em Teresina e criticou o comportamento da corregedora do Tribunal de Justiça, que não recebe a ADH para reuniões e concede liminar em favor dos proprietários. No caso da Vila Urbano Eulálio, em que 280 famílias estão ameaçadas de despejo pela polícia, Marcelino garante que o governo fez acordo com o proprietário.

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Segundo Marcelino, foi feito um acordo de que o governo pagaria R$ 120 mil por 40 lotes da Vila Urbano Eulálio. O problema foi que o proprietário apresentou uma planta completa do terreno. Porém, alguns lotes já haviam sido vendidos e teve que refazer um memorial contando lote por lote.

O pagamento foi acertado para a próxima semana, em reunião do governo com o proprietário e com o tribunal. Porém, o dono entrou com pedido de liminar, o que irritou profundamente Marcelino. "Queremos pedir ao proprietário e a justiça que não crie problema. Só um pouco mais de paciência e compreensão para um problema que é social. Não é possível que nesse país um cidadão não tenha direito a um pedaço de terra para morar", disse indignado.

As famílias da Vila Urbano Eulálio montaram barricadas na manhã de hoje para esperar a polícia militar. A desapropriação está marcada para a tarde de hoje.

Leilane Nunes
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