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Goleiro brilha nos pênaltis e São Paulo é tricampeão da Copinha

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O São Paulo voltou a ser campeão do principal torneio entre juniores do país. Nesta segunda-feira, a equipe tricolor saiu atrás do placar, mas após grande pressão conseguiu o empate por 1 a 1 no tempo normal. Nos pênaltis, o goleiro Richard foi o herói ao defender os três pênaltis e, com um resultado de 3 a 0, os jogadores comandados por Sergio Baresi conquistaram a Copa São Paulo de futebol júnior pela terceira vez. O clube do Morumbi já havia conquistado a competição em 1993 e 2000.

Fotos: Bruno Miani/Vipcomm


O Santos, por sua vez, buscava o seu segundo título no torneio. O clube conquistou a Copa São Paulo apenas em 1984 e, se não se tornou bicampeão, tem como alento o bom trabalho do técnico Narciso e jogadores que devem ser incorporados por Dorival Júnior, como Alan Patrick, que já ganhou oportunidades na equipe principal na última temporada.

Com o feriado e o tempo bom, o Pacaembu ganhou um bom público. Apesar de as autoridades temerem confrontos, não foi registrada nenhuma ocorrência grave, mesmo com a torcida do São Paulo ser, à vista, maioria no estádio.

Com os jogadores da equipe tricolor nervosos, o Santos soube se aproveitar e abriu o placar aos 18min, com Renan Mota. O São Paulo equilibrou as ações na primeira etapa, mas seu ataque não conseguia finalizar com perfeição.

Logo no início da segunda etapa, os jogadores santistas reclamaram de uma falta do goleiro Richard fora da área. Para eles, o camisa 1 do São Paulo, que recebeu cartão amarelo pelo lance, deveria ter sido expulso.

Apesar do lance, o São Paulo pressionava o adversário, que tentava esfriar o jogo sempre que podia. Porém, aos 40min do segundo tempo, Ronieli empatou a partida e acendeu a torcida nas arquibancadas. Após o apito final, o técnico Narciso tentou agredir o árbitro, mas foi contido pelos policiais.

Na decisão por pênaltis, Richard brilhou ao defender as cobranças de Alan Patrick, Alemão e Renan. O São Paulo converteu três chutes (Jeferson, Denis e Marcelinho) e ficou com o título.



A conquista do São Paulo acontece justamente no momento em que suas categorias de base atravessam um momento complicado. Conhecido por ser um dos grandes formadores de atletas do país, apoiado pela construção de um moderno centro de treinamentos em Cotia para os juniores, o time tricolor tem visto seus jovens jogadores entrarem em litígio para se desvincular da equipe. Até agora, Oscar, Diogo e Lucas Piazon entraram na Justiça contra o clube.

Além das brigas judiciais, as quais o São Paulo acusa o empresário Giuliano Bertolucci de ser o mentor, as categorias de base já não “alimentam” a equipe principal como antes. Da atual equipe de Ricardo Gomes considerada titular, por exemplo, nenhum atleta foi formado no próprio clube.

O reflexo desse fenômeno também é sentido nos cofres do São Paulo. Sem grandes revelações, o clube deixa de lucrar com as negociações para o exterior e, com isso, perde uma das suas principais fontes de renda. O último atleta formado nas categorias de base e que conseguiu uma transferência foi Breno, que no fim de 2007 foi para o Bayern de Munique, da Alemanha, e rendeu cerca de R$ 35 milhões ao time tricolor.

A atual safra do time, no entanto, é promissora. Com jogadores de até 18 anos, já que o regulamento da Copinha estipulou essa idade como teto, o São Paulo sobrou na competição. Diferentemente do adversário desta segunda-feira, o São Paulo venceu as oito partidas que realizou e, em apenas uma oportunidade, nas quartas de final, contra o Cruzeiro, a diferença de gols foi a mínima possível.

Mesmo com o bom retrospecto, os jogadores do São Paulo agora sonham transformar o troféu erguido no Pacaembu em um passaporte para a equipe titular, enquanto os dirigentes ambicionam o sucesso destes jovens para manter as suas contas equilibradas.


SÃO PAULO 1 X 1 SANTOS (3 x 0 nos pênaltis)

São Paulo
Richard; Filipe Aguai (Willian), Fabiano, Bruno e Felipe (Paulo Henrique); Casemiro, Zé Vitor, Jeferson e Marcelinho; Ronieli e Lucas Gaúcho (Dener)
Técnico: Sérgio Baresi

Santos
Rafael; Crystian, Renato, Alemão e Wesley (Rafael); Elivelton, Alan Santos, Alan Patrick e Nicão (Kassio); Renan Mota e Dimba (Tindurim)
Técnico: Narciso

Data: 25/01/2010 (segunda-feira)
Local: estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Thiago Peixoto
Auxiliares: Fabio Rogério e Maria Ferreira
Público: 23.143 presentes
Renda: R$ 247.025,00
Cartões amarelos: Filipe Aguai, Casemiro, Richard, Lucas Gaúcho (SP); Alan Patrick, Tindurim (S)
Gols: Renan Mota, aos 18min do primeiro tempo, para o Santos; Ronieli, aos 40min do segundo tempo, para o São Paulo
Decisão por pênaltis
São Paulo: Jeferson (gol), Dener (gol), Marcelinho (gol)
Santos: Alan Patrick (defendido), Alemão (defendido), Renan (defendido)



Fonte: Uol
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