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Sindjor divulga nota sobre acidente com comitiva do governador

O acidente envolvendo os jornalistas da comitiva do governador Wellington Dias começou a repercutir até mesmo dentro do Sindicato da categoria. Segundo nota emitida pelo Sindjor (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí), órgãos trabalhistas já tinham recebido alertas sobre as condições de trabalho dos profissionais.

As denúncias dão conta de que os jornalistas viajam em carros de passeio com a lotação máxima e sem espaço suficiente para que os equipamentos de trabalho fiquem acomodados. De acordo com o Sindicato, a diária que os profissionais recebem não cobre sequer as despesas básicas.

Na manhã de hoje, uma Hillux capotou com jornalistas da Coordenadoria de Comunicação do Piauí que iam fazer coberturas no interior. O fotógrafo André Leão quebrou a clavículo no acidente.


Confira abaixo a nota do Sindjor na íntegra:



O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Piauí lamenta profundamente o acidente automobilístico ocorrido nesta terça-feira, 26 de janeiro de 2010, envolvendo profissionais de comunicação que atuam na Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado do Piauí.

Desde o ano passado, que o Sindicato vem alertando os órgãos trabalhistas para que fiscalizem as condições de trabalho desses profissionais no órgão governamental, inclusive chegou a protocolar no dia 21 de outubro de 2009, na Procuradoria Geral do Trabalho em Teresina, denunciando que profissionais viajam ao interior do Estado para cobertura jornalística do governador Wellington Dias sem as mínimas condições de trabalho, como por exemplo, em um carro de passeio com lotação de cinco pessoas e equipamentos de trabalho nas pernas. E ainda, que recebem diária de R$ 50,00 para despesas com hospedagem, café da manhã e alimentação (almoço e janta). Por ser o valor insuficiente para cobrir as despesas, os profissionais chegam a dormir dentro do veículo. Além disso, são escalados para trabalhar aos domingos e feriados sem receber diárias em dobro. E o mais grave, eles têm que assinar recibos com datas alteradas, isto é, sem coincidir com os dias de domingo e feriados, em desrespeito à legislação trabalhista.

Ainda na denúncia, o Sindicato citou que os profissionais sofrem pressão psicológica e são constrangidos ao questionarem as condições precárias de trabalho. Pois, as viagens realizadas às cidades próximas, os jornalistas mesmo trabalhando além das cinco horas (jornada de trabalho do jornalista conforme a Legislação) não recebem hora extra nem refeição. Por tudo isso, o Sindicato vem cobrando dos órgãos competentes do trabalho fiscalização, a fim de evitar doenças oriundas de más condições de trabalho e acidentes como os que já ocorreram ao longo dos anos e agora.




Da Redação
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