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Piratas de Gana sequestram veleiro e são presos pela PF no litoral do Piauí

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Quatro homens oriundos de Gana, na África, foram presos pela Polícia Federal (PF) na noite de segunda-feira em Parnaíba, suspeitos de terem sequestrado um veleiro de bandeira suíça e assassinado a tripulação. A embarcação havia encalhado na praia de Tutoia, no litoral do Maranhão.


Agentes da PF do Piauí e do Maranhão estão investigando o caso. Os ganeses não falam português, só inglês, e foram presos na rodoviária de Parnaíba, no Piauí, a 120 km de Tutoia, quando tentavam embarcar para Fortaleza, no Ceará.



Foto: Imirante/Gleidson Ramos Oliveira



A polícia apura se os estrangeiros atuavam como piratas em alto mar e se estão envolvidos no sumiço de uma família - dois adultos, um jovem e uma criança -, já que os passaportes deles foram encontrados no veleiro. Dentro do navio, foram encontradas manchas de sangue.


O delegado Marcos Roberto Costa dos Santos, chefe da delegacia de Parnaíba, disse que nesta terça-feira foi realizada uma perícia no barco. "Primeiro estamos investigando como eles entraram ilegalmente no País", afirmou Santos. Hoje, a PF realiza buscas nos povoados perto de onde o veleiro encalhou, em Tutoia.


Os estrangeiros estão presos na delegacia de Parnaíba. Eles foram identificados com os nomes de Zion Appiah Kubi, 29 anos, Erow Panyin, 31 anos, Simon Atta, 30 anos, e Thomas Nketia, 23 anos. Com o grupo, foram apreendidos 1.060 euros e R$ 657,00, além de passaportes e celulares. Entre os passaportes está o de Stephanie Nelly Joho Monnaret, que seria dona do veleiro, e foi emitido nos Estados Unidos.


Desaparecimento de família
A delegada Carla Sampaio, que investiga o caso pela Superintendência da PF do Maranhão, disse que está apurando se o veleiro tinha tripulação, já que foram encontrados pertences no navio, e como os estrangeiros chegaram até Tutoia.


Na embarcação, foi encontrado um notebook com um e-mail com o nome de quatro pessoas. Seriam de dois adultos e duas crianças. A polícia desconfia que se trata de uma família: os pais e os dois filhos. O e-mail teria sido encaminhado por algum amigo da família desejando a eles boas festas durante o final de ano. No barco, segundo a polícia, havia roupas de crianças, chupeta e mamadeiras.


Investigações

Nesta terça-feira (2), a Polícia Militar realiza buscas nos povoados perto de onde o veleiro encalhou. Os policiais vão tentar encontrar o GPS, o navegador e o mais importante: o notebook, onde podem estar registrados todos os passos que a família deu, desde que começou a viagem.



Yala Sena e Carlos Lustosa Filho
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