O estudo "Economia do Clima" projetou perdas de R$ 40,7 bilhões ao Piauí até 2050 por conta de estragos provocados pelo aquecimento global. Os dados de todo o país foram divulgados no jornal Folha de São Paulo deste domingo (7), e é pessimista. No fim do ano passado, o mesmo estudo estimou perdas de R$ 3,6 trilhões em todo o páis nos próximos 40 anos. Mas um novo relatório, com lançamento previsto até março, detalha essas perdas.

No Piauí, o estudo aponta que o clima seco diminuirá áreas agricultáveis, e sinaliza que a busca por novas terras pode comprometer florestas. Além disso, várias espécies já estariam ameaçadas pelo aumento da  temperatura e desmatamento, e a alteração nas chuvas deve diminuir a vazão dos rios, reduzindo o potencial de geração de energia em até 31%.

Ainda no Nordeste, as áreas de cultivo podem encolher 23% até 2070. A maior perda relativa seria em Alagoas - R$ 95 bilhões, quase cinco anos de crescimento se evaporam. Em toda a região, são R$ 653,7 bilhões que podem ser perdidos, quase duas vezes o PIB nordestino em 2008.

A reportagem mostra preocupação maior com o Centro-Oeste, onde as perdas podem chegar a R$ 639 bilhões em 2050, o equivalente a dois anos e meio de crescimento. Mais da metade desse valor seria só no Mato Grosso. O estudo é baseado em dois cenários do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, um com emissões menores de gases-estufa e outro com emissões maiores. A medida de comparação é o Produto Interno Bruto.

Da Redação
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