O deputado federal e pré-candidato ao governo, Marcelo Castro (PMDB), disse em tom de ironia que no processo sucessório tudo pode, "até boi voar", referindo-se a possibilidade do PMDB deixar a base e apoiar a oposição. Marcelo diz que o partido permanece cumprindo o acordo com o governo, mas reafirmou a possibilidade de apoiar a candidatura do prefeito Sílvio Mendes.

A condição é que a base continue unida no momento em que seja anunciado o candidato escolhido. "Só não pode uma coisa no mundo: Deus pecar. Até boi voar pode. O PMDB tem um acordo assumido em âmbito nacional e estadual e temos compromisso de continuar na base. Se não se chegar num entendimento e cada partido for para um lado é possível que o PMDB vá para a oposição. O compromisso é de todos apoiarem. Se sair um para o lado e outro para outro o PMDB não tem mais compromisso. O PMDB vai continuar. Agora, se os outros quebrarem, o PMDB vai tomar seu rumo", afirmou.

Tudo dependerá das definições até o dia 19, quando o governador deverá anunciar o nome do candidato da base.

Choro do governador do RJ

Marcelo Castro acredita que o choro do governador do Rio de Janeiro ontem não sensibilizará o presidente Lula para vetar a emenda que divide os royaltes do pré-sal. Para Castro, Lula é um homem sensível, nordestino, que sabe o quanto as desigualdades que o Nordeste sofre foram responsáveis pelo empobrecimento da região.

"Ele é nordestino, filho de pobres, um dos maiores líderes mundiais. De uma hora para outra ele vai perder a sensibilidade e a inteligência? Não acredito que ele vá atender a capricho de um governador que já mostrou que não tem o menor equilíbrio emocional para governar um estado", finalizou o deputado.

Leilane Nunes
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