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Semtcas vai retirar menores de rua que pedem em sinal da Miguel Rosa

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A Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social (Semtcas) realiza no dia 19 de abril uma reunião com o poder público, e sociedade civil, visando discutir a questão de meninos de rua que pedem esmola em sinais de trânsito na Avenida Miguel Rosa. O encontro acontece a partir das 8h30, na sede da Secretaria e visa traçar um plano de ação para a assistência desses menores.



No total, 14 adolescentes foram identificados realizando a prática de pedir esmola naquela região. “O levantamento feito aponta que esses meninos já passaram por nossas casas de assistência em algum momento de suas vidas e que, por algum motivo, voltaram às ruas”, informa a secretária da Semtcas, Graça Amorim.

Para a reunião, foram convocados o Ministério Público, juízes da vara da Infância e da Adolescência, Secretaria da Segurança, procuradores do trabalho, membros da Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal da Juventude, sociedade civil e familiares dos menores. “Estamos convocando essas entidades para discutir a problemática e para tirar efetivamente esses adolescentes da rua”, explica a secretária Graça.

A prática de dar esmolas é mal vista pela gestora que garante que os menores envolvidos consideram a prática como uma fonte de renda. “Isso é um prejuízo. Eles já consideram o dinheiro que ganham como fonte de renda. Assim, eles não querem participar dos nossos projetos e se acostumam com essa vida. As pessoas pensam que estão ajudando, mas geralmente este dinheiro é investido na compra de drogas”, analisa Amorim.

Casos na Zona Leste

Casos similares são apontados pela secretária Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social, Graça Amorim, na Zona Leste da cidade. Segundo investigações preliminares, menores praticam malabarismo nas Avenidas Homero Castelo Branco e Nossa Senhora de Fátima em troca de esmolas.



“Atualmente, estamos com equipes fazendo abordagem e acompanhamento desses menores. Eles alegam que estão ali promovendo uma arte aprendida em uma escola de circo. Já entramos em contato com escola e estamos monitorando essas atividades para saber se trata disso mesmo ou se mais casos de meninos pedindo esmolas”, garante a titular da Semtcas.

Mais uma vez, Graça Amorim ressalta o papel de importância da sociedade civil e das famílias dos menores no combate a prática da esmolas. “Queremos a colaboração de todos para planejar uma intervenção eficaz. Não temos poder de polícia para obrigar esses adolescentes a irem para as casas de assistências, então buscamos parceria com o Ministério Público e as famílias. Também queremos sensibilizar a sociedade de que a dar esmola não é a melhor solução para este problema”, defende.

Lívio Galeno (Especial para Cidadeverde.com)
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