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Chuvas e registro de 233 casos de dengue preocupa FMS

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Teresina registra 233 casos de dengue em 2010, número que vem aumentando a cada semana epidemiológica, principalmente em decorrência das últimas chuvas, deixando as autoridades sanitárias do município em constante alerta. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) conclama a população para intensificar a vigilância no sentido de evitar o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, que encontra no período chuvoso condições ideais de reprodução.


Embora haja uma queda significativa no número de casos este ano em relação a 2009, a FMS reitera que as ações de combate ao mosquito devem ser cada vez mais fortalecidas, pois qualquer relaxamento nesse sentido pode significar descontrole sobre a doença. No mesmo período de 2009, foram confirmados 641 casos da doença contra 233 este ano, o que compreende uma redução de 64%.


“Mas isso não é para ser comemorado, muito pelo contrário, o que devemos fazer, tanto o poder público como a população de um modo geral, é redobrar a vigilância, porque, se baixarmos a guarda, o Aedes aegypti se multiplica rapidamente, principalmente nessa época de chuva, quando os ovos eclodem para o surgimento de larvas, que se transformam em pupa e em mosquito adulto”, explica a coordenadora de Ações Assistenciais da FMS, Amariles Borba, especialista em saúde pública.

“E o mosquito fêmea, que transmite a doença, pode voar até três quilômetros em busca de locais para depositar seus ovos, daí a necessidade da preocupação, não somente com a nossa casa, mas também com todo o ambiente em que vivemos”, acrescenta a coordenadora. Amariles Borba explica que a fêmea põe ovos de quatro a seis vezes durante sua vida, que dura de 30 a 35 dias, podendo colocar mais de 100 ovos de cada vez em objetos preferencialmente com água limpa e parada.

“Por isso, a população deve cuidar em deixar hermeticamente fechados caixas-d’água, barris, tanques, tonéis, entre outros objetos que são utilizados como depósito de água e eliminar qualquer objeto que acumule água, como pneus, cascas de ovos, tampas de garrafa, entre outros, que venham a facilitar o surgimento de criadouros”, alerta a especialista em saúde pública, que também chama a atenção para os pratos de plantas, que devem ser preenchidos com areia, e para as vasilhas de água dos animais e aves, que precisam ser lavados com bucha duas vezes por dia. “Nesse aspecto, a população precisa saber que os ovos do mosquito podem sobreviver até 450 dias, mais de um ano, mesmo que o local onde ele foi depositado fique seco, pois se receber água novamente, o ovo volta a ficar ativo”, justifica Amariles Borba.


A doença


O primeiro sintoma é febre alta de 39ºC a 40ºC e surgem de três a quinze dias após a picada do mosquito, podendo a doença durar de cinco a sete dias. Outros sintomas apresentando são dor de cabeça, dor no fundo dos olhos e nas juntas. A pessoa contaminada sente fraqueza, náusea, vômitos, além de apresentar manchas vermelhas na pele.


Já a dengue hemorrágica, que teve dois casos confirmados este ano em Teresina, mas sem registro de óbito, apresenta os mesmos sintomas da clássica, agravados por sangramento de gengivas e narinas, fezes escuras, manchas vermelhas ou roxas na pele, dor abdominal intensa e contínua, vômitos e tonteiras, diminuição da urina e dificuldade de respirar.


“Por isso, a importância da prevenção, porque, além de todo esse mal-estar, a dengue também mata, e um dos primeiros cuidados, aos primeiros sintomas, é com a ingestão de bastante líquido até que a urina fique clara como água, pois a desidratação pode desencadear inúmeras reações no funcionamento do organismo, muitas delas irreversíveis, tendo como consequência o óbito”, conclui Amariles Borba.

 
Da Redação
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