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Enfermeiro é preso acusado de abusar de 12 crianças no Piauí

Pelos menos 12 crianças, entre 6 e 13 anos, foram vítimas de abuso sexual supostamente praticado pelo enfermeiro Asteclides Borges Guimarães, 56 anos, em Redenção do Gurgueia (a 691 km de Teresina). A prisão preventiva do enfermeiro foi prorrogada hoje (23) a pedido do Conselho Tutelar e Ministério Público da cidade.

As denúncias chegaram ao Conselho Tutelar a partir de janeiro deste ano, mês que começaram as investigações, e hoje chegou às 12 crianças, sendo apenas uma menina e os outros 11 garotos. Asteclides foi denunciado por uma agente de saúde. Ele é enfermeiro-chefe há dois anos do Programa Saúde da Família (PSF).

Segundo a conselheira tutelar Jaqueline Nogueira, no depoimento à polícia, as crianças relataram que o acusado abusava delas de todas as formas: pelo menos sete confirmaram a penetração.

A prorrogação da prisão preventiva foi pedida pelo promotor Galeno Aristóteles Coelho de Sá e acatada pelo juiz Jucelino Norberto da Silva Neto. Por possuir curso superior, ele foi encaminhado ao quartel da Polícia Militar de Bom Jesus. As crianças ainda passarão por exames de corpo de delito.

Balas e brinquedos para atrair crianças
As crianças, que são carentes e moram próximas do acusado, contaram também que ele as atraía para sua casa, onde realizava os atos. O enfermeiro oferecia dinheiro, bombons, petecas, alguns ele chegava a ameaçar e dava suco de acerola com cachaça para acalmar as crianças. 

“Quando começamos a investigá-lo, em janeiro, ele soube e começou a nos investigar também, para saber o que nós estamos fazendo, ele chegou a oferecer R$ 200 para uma mãe da vítima contar”, explicou a conselheira.

Uma das crianças revelou que teria sido praticamente torturada, chegando a ser amarrada para que ele consumasse o ato.

Asteclides seria casado, mas sua mulher vive em Teresina. “Uma das testemunhas que nos ajudou a chegar nas crianças é uma jovem cega [deficiente visual], que diz estar grávida dele”, acrescentou Jaqueline.

Não é o primeiro caso na cidade
O Conselho Tutelar de Redenção do Gurgueia recebe três denúncias por mês de casos de pedofilia na cidade, que possui cerca de 8 mil habitantes. “As denúncias começaram a aparecer depois de uma campanha que fizemos nas escolas, pedindo para as crianças falarem. Elas tinha medo e agora começaram a denunciar”, declarou Jaqueline.

Caroline Oliveira
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