Nove celulares, três baterias, cinco carregadores e pelo menos 50 espetos de ferro. Esse é o resultado das revistas feitas na Casa de Custódia apenas nos quatro primeiros meses de 2010. A quantidade é superior à encontrada em 2009.


Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com


Os celulares geralmente entram no local escondidos nas partes íntimas das visitantes. "Temos o detector de metais e a revista manual. Mas elas utilizam um papel isolante que bloqueia a detecção", explica o gerente da Casa de Custódia, tenente Paulo Roberto de Oliveira.

Ele diz ainda que a entrada dos telefones está sempre associada à entrada de drogas, uma vez que a visitante não tem ligação direta com o destinatário.

"Ela entrega o celular para o outro, que entrega para o destino e, em troca, o atravessador recebe a droga. Os celulares são utilizados tanto para falar com os familiares como para comandar o tráfico ou até mesmo arquitetar o resgate de presos", afirma.

As barras de ferro são retiradas da própria estrutura do prédio e afiadas para serem utilizadas como arma. "Quando encontramos esse material com os presos eles sofrem sansões, que pode ser de até 30 dias sem visita e sem banho de sol", explica o tenente.

Ele acrescenta que, apesar da quantidade ser grande, há um ponto positivo que o material está sendo encontrado.


Flash de Carlos Lustosa Filho (da Casa de Custódia)
Redação de Leilane Nunes
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