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Teresina tem 377 casos confirmados de dengue e FMS fecha cerco

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O batalhão de agentes de endemias do Serviço de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde (FMS) notificou 402 casos de dengue este ano, dos quais 25 já foram descartados, totalizando 377 ocorrências confirmadas em 2010. Os números constam de último boletim divulgado nesta sexta-feira, 21, pelo Departamento de Epidemiologia da FMS, que também faz um comparativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 984 casos da doença, o que corresponde a uma queda de 62%.


Mesmo com essa redução significativa, a Prefeitura de Teresina intensifica as ações de combate a criadouros do mosquito Aedes aegypti (transmissor da doença), de eliminação de focos e captura do inseto através de aspiração e armadilhas. Todos os fins de semana, equipes especializadas em saúde pública da FMS percorrem os hospitais da cidade para verificar as internações ocorridas de pessoas com sintomas da doença para acompanhar a evolução das ocorrências e subsidiar investigação e ações de combate.


Em outra frente de trabalho, agentes de endemias e da Estratégia Saúde da Família (ESF) fortalecem o trabalho de visitas domiciliares, ensinando os moradores sobre medidas de prevenção que devem ser adotadas como hábito diário para evitar o surgimento de criadouros, de focos e infestação do mosquito, uma vez que ele se reproduz rapidamente, colocando seus ovos em recipientes artificiais, tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água sem tampa, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água. Utiliza ainda criadouros naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.


O Núcleo de Educação em Saúde e Comunicação (Nesc), por sua vez, leva informações à classe estudantil, visitando escolas, e aos locais de grande fluxo de pessoas, onde distribui folhetos educativos e educa a população em relação aos hábitos de higiene para evitar a dengue e outras doenças. Postos de saúde do município, em parceria com entidades comunitárias, realizam sistematicamente mutirões em vários pontos da cidade no combate ao mosquito.


Focos


Para a coordenadora de Ações Assistenciais da FMS, especialista em saúde pública Amariles Borba, o combate ao Aedes aegypti não é uma tarefa tão simples se for executada somente pelo poder público. “Tem que haver a participação de toda a população, de todas as classes sociais porque o mosquito é 'democrático' e se reproduz em qualquer lugar ou recipiente que acumule água, como, por exemplo, poças d’água, caixas-d'água, barris, tambores, vidros, potes, pratos, tanques, cisternas, garrafas, latas, panelas, calhas de telhados, bandejas de geladeira, bacias, vasilhas de água para animais, aquários, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos, bambus e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada”, explica. “Como podemos ver, temos que ser mais espertos que o mosquito e dobrar a vigilância para fechar o cerco e eliminar os seus espaços”, ressalta.           


Segundo Amariles Borba, os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. “Quando chove ou quando a água entra em contato com os ovos, eles eclodem em cerca de apenas 30 minutos; e em um período curto, de cinco e sete dias, a larva passa por outras fases até dar origem a um novo mosquito”, explica.  A transmissão, segundo ela, depende da concentração do mosquito: quanto maior a quantidade, maior a transmissão, “por isso o fortalecimento do trabalho de eliminação de criadouros para evitar a infestação”.

 

Da Redação
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