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População de 20 a 49 anos é a mais atingida pela dengue

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Jovens e adultos até 49 anos, faixa da população considerada como a mais produtiva, são os mais acometidos pelos casos de dengue em Teresina. É o que revela o último boletim divulgado pelo Serviço de Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que notificou, nesses primeiros cinco meses do ano, 432 casos da doença, mas descartou 26, confirmando um total de 406 ocorrências, das quais 226 atingiram pessoas da faixa etária entre 20 e 49 anos, o que representa mais de 50% dos casos. Mas há uma queda acentuada em números de pessoas atingidas em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados perto de mil casos, correspondendo a uma redução de 60%.


Até agora, segundo a FMS, foram confirmados dois casos de dengue hemorrágica, mas não há registro de morte pela doença. Crianças entre 10 e 14 anos fazem parte da segunda faixa etária mais acometida pela doença, com cerca de 50 casos, índice de mais de 12%, seguida de crianças entre cinco e nove anos e jovens e adolescentes com idade de 15 a 19 anos. Há também registro de dengue em crianças de um a quatro anos (22 casos) e com menos de um ano (quatro casos). Foram ainda registrados 43 casos em pessoas com idade a partir dos 50 anos.


Para a coordenadora de Ações Assistenciais da FMS, Amariles Borba, a prevenção é a melhor medida para evitar a dengue, que, pelo fato de atingir, principalmente, a faixa etária da população mais produtiva, entre 20 e 49 anos, provoca grande prejuízo no que se refere à economia do município e do Estado, além de prejudicar o rendimento escolar dos jovens e adultos.
 

“Ora, uma pessoa que adoece por dengue passa de sete a quinze dias sem condições de trabalhar ou estudar e quando retorna leva pelo menos mais uma semana para recuperar todas as suas condições de produtividade e isso significa danos econômicos e de aprendizagem”, avalia a coordenadora. “Portanto, temos que perseguir essa determinação de eliminar a epidemia de dengue no município, num esforço conjunto entre poder público e a comunidade de um modo geral”, acentua Amariles Borba.


Prevenção


E qual a melhor forma de prevenção? “É a participação de todos no combate ao mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em qualquer lugar ou recipiente que acumule água, como poças d’água, caixas-d'água, barris, tambores, vidros, potes, pratos, tanques, cisternas, garrafas, latas, panelas, calhas de telhados, bandejas de geladeira e de ar-condicionado, bacias, vasilhas de água para animais, aquários, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos, bambus e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada”, explica. “Como podemos ver, temos que ser mais espertos que o mosquito e dobrar a vigilância para fechar o cerco e eliminar os seus espaços”.


Segundo Amariles Borba, essa queda significativa de casos em relação ao ano passado não é motivo para relaxar na atenção. “Sabemos que partimos na frente na adoção de medidas para controlar e reduzir as ocorrências, pois Teresina é a capital do país que vem experimentando, desde 2008, redução de dengue, mas qualquer desatenção jogará todo esse trabalho por água abaixo, e a dengue voltará a prevalecer e não é isso o que queremos”, enfatiza. “Todos devemos unir esforços - população, imprensa e poder público - para deixar esse mosquito fora de combate”, conclui.


Nesta 20ª semana epidemiológica, os bairros mais atingidos pela dengue são: Monte Castelo, São Joaquim, Lourival Parente, Promorar, Renascença, Mocambinho, Buenos Aires, Frei Damião, Todos os Santos, Água Mineral, Itararé, Nova Brasília, Gurupi, São João, Morada do Sol, Angelim, Parque Piauí e Novo Horizonte.


Da Redação
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