Dados divulgados pelo IBGE durante esta semana aponta que o Piauí deve colecionar em 2010 prejuízos de várias ordens com relação à safra agrícola. A maior perda deve se consolidar na modalidade de plantio roça (arroz, feijão e milho). Para combater a realidade influenciada pelas condições climáticas surge o micro crédito rural utilizado para suprir necessidades básicas de investimento como capital de giro para aquisição de sementes.

Nesse contexto surge, entre outras opções, o programa Agroamigo, do Banco do Nordeste. Esta modalidade de crédito se caracteriza pelo atendimento dos agricultores familiares, nas próprias comunidades, com o crédito orientado e acompanhado, por assessores do Instituto Nordeste Cidadania – INEC.

“Podem contratar o crédito agricultores familiares com renda anual de até seis mil reais, que residam nas comunidades rurais e que exploram atividades agropecuárias, não agropecuária (artesanato, serviços) e extrativismo”, explica o gerente estadual do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Antonio Batista Soares.



O valor máximo que o empréstimo pode chegar é R$ 2 mil. Os agricultores devem se cadastrar junto ao banco através de técnicos que realizam visitas nas comunidades de produção. As propostas são analisadas e a resposta sai em até 15 dias. 

Como o Estado vive uma situação especial em 2010, com a perda da roça, os produtores estão sendo orientados a formalizar um comunicado de perdas. “Para os investimentos, com parcela vencendo neste ano, será negociado com o cliente o pagamento de parte da parcela e prorrogado o saldo remanescente”, garante Antônio Batista.

Lívio Galeno
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