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No Piauí, homens combinam álcool e direção mais do que as mulheres

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Um levantamento do Ministério da Saúde mostrou que as mortes provocadas por acidentes de trânsito no Piauí, caíram 4,7%, no período de 12 meses após a implantação da “Lei Seca”. Em todo Brasil a redução chegou a 6,2%, comparando com os 12 meses anteriores.

A “Lei Seca”, que pune os motoristas que dirigirem após consumir bebidas alcoólicas está em vigor há dois anos. No país foram 2.302 mortes a menos, reduzindo de 37.161 para 34.859 o total de óbitos causados pelo trânsito.



O Piauí teve um índice de redução maior que o da região Nordeste, que entre o segundo semestre de 2007 e o primeiro de 2008, 8.943 mortes, contra 8.697 no segundo semestre de 2008 e o primeiro de 2009. No Estado foram 721 mortes (2007/2008) contra 687 (2008/2009). O Ministério informa que os dados de mortalidade para 2008-2009 são preliminares e sujeitos a revisão.

“Houve tendência de redução no número de pessoas que dizem beber e dirigir, mas essa redução é lenta. Temos que usar a lei com todo vigor, com presença na rua, educação, prevenção, multa. Só assim vamos conseguir construir uma nova consciência nos motoristas, de que bebida e direção não combinam”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Teresina está entre as capitais onde os homens correm mais riscos

Os dados analisam ainda o sexo e a idade das pessoas que mais consomem bebida alcoólica ao dirigir. Teresina é a segunda capital que possui maiores percentuais de homens que combinam álcool e direção, com 5,9%, perdendo apenas para Aracaju (SE) com 8,7%.%). As mulheres teresinenses, por outro lado, apresentam frequência bastante abaixo da registrada pelos homens, mantendo-se estável desde nos últimos três anos, variando entre 0,2% e 0,3%.


O Rio de Janeiro registrou uma redução de 32,5% no número de mortos

Outros dados:

A frequência de pessoas que dirigem após consumo abusivo de álcool passou de 2,1%, em 2007 (ano anterior a lei Seca), para 1,4%, em 2008 (ano de publicação da Lei); e aumentou para 1,7%, em 2009, segundo dados do Vigitel, inquérito telefônico do Ministério da Saúde que monitora os fatores de risco para doenças e agravos à saúde da população.

Embora tenha sofrido um aumento em 2009, esse índice se mantém inferior ao apontado pela pesquisa em 2007, antes da “Lei Seca”, o que reforça a importância de manter as ações de prevenção e fiscalização no trânsito.

Segundo o levantamento, o comportamento de risco é maior entre homens. Em 2007, o percentual de homens que disseram ter dirigido após consumo abusivo de álcool era de 4,1%. O índice caiu para 2,8%, em 2008 (ano da “Lei Seca”), e aumentou para 3,3%, em 2009 (ano posterior à “Lei Seca”).

A pesquisa revela, ainda, que os adultos de 25 a 34 anos (2,1%) e de 35 a 44 anos (2%) são os que mais conduzem após beber, enquanto que, entre os jovens de 18 a 24 anos, esse índice é de 1,8%. Vale lembrar que, no Brasil, motoristas flagrados excedendo o limite de 0,2 gramas de álcool por litro de sangue estão sujeitos a multa de R$ 957, perda da carteira de motorista por um ano e ainda podem ter o carro apreendido. Além disso, medida acima de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue é considerado crime e pode levar à prisão.

Caroline Oliveira
Com informações do Ministério da Saúde
[email protected]

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