O ex-governador Wellington Dias (PT) afirmou na tarde desta terça-feira (3) que a eleição deverá ser vencida no voto, e não com ação judicial. A declaração foi dada horas depois do Tribunal Regional Eleitoral - TRE/PI - deferir, por unanimidade, o registro de sua candidatura ao Senado, que havia sido impugnada pela Procuradoria Eleitoral.


Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Wellington Dias e a esposa Rejane chegaram juntos ao Sindicato dos Bancários do Piauí, onde o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores - CUT -, Artur Henrique, apresentará as reivindicações da classe para os candidatos piauienses convidados. Outros nomes são esperados no evento.

O candidato admitiu que teve medo de perder o direito de disputar o pleito, e justificou usando a expressão "seguro morreu de velho". Mas disse que estava confiante. "Não precisa a pessoa ser advogado para saber que uma situação como a minha não configura inelegibilidade", declarou. 

O petista acrescentou que tem "ficha limpa, de história e de trabalho no Piauí", destacando que todas as ações contra ele já foram arquivadas, e garantindo não ter condenação por crimes de improbidade, corrupção, ou abuso de poder político e/ou econômico. O ex-governador agradeceu ao advogado Alexandre Nogueira, que o defendeu, aos advogados William Guimarães e Marcus Vinícius Furtado Coelho, pelo apoio, e ainda aos amigos.

Wellington Dias, quando era governador em 2006, aprovou lei do programa de habilitação do Detran, considerada irregular. Por conta disso, ele foi multado, e já pagou o débito com a Justiça. 

Depois da absolvição, o clima era outro. Após receber telefonema do superintendente do Ibama no Piauí, Romildo Mafra, o ex-governador brincou que não caiu na "ficha limpa" porque é protegido pelo Ibama. 

Wellington Dias aprovou a decisão do PT no Piauí de punir os filiados que não votarem nos candidatos da chapa. Para o ex-governador, a oriengação evita a dispersão do voto e dos dirigentes, e todos os petistas devem votar desde a candidata para a presidência, Dilma Rousseff, ao governador Wilson Martins, que tenta a reeleição, e os nomes da chapa para Senado, e deputados federal e estadual.