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População fere duas enfermeiras do Samu após apedrejar ambulância

Dois integrantes de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - Samu - ficaram feridos na noite de ontem (15) quando chegavam na zona norte para socorrer duas pessoas, vítimas de agressão no residêncial Zilda Arns, próximo ao bairro Matadouro. Moradores agrediram a ambulância com chutes e pedradas. Uma delas quebrou o vidro do veículo.


A coordenadora do Samu, Clara Leal, relatou ao Cidadeverde.com que a equipe com quatro profissionais levou dez minutos para chegar ao local da solicitação, por volta de 11h04min. Ao estacionar, o veículo teria sido recebido a chutes. "A equipe viu que a cena não apresentava segurança. Resolveram não estacionar e seguiram para o distrito policial", contou.

Na saída, a ambulância foi atingida por uma pedra, que alcançou o tórax de uma enfermeira. Os estilhaços do vidro quebrado feriram uma técnica de enfermagem que também estava no veículo. Sem parar para prestarem socorro aos dois feridos por agressão, os membros da equipe médica tiveram de ser atendidos, e depois submetidos a exame de corpo de delito.

Uma equipe das Rondas Ostensivas de Natureza Especial - RONE - foi acionada para voltar com a ambulância até o local, mas as vítimas de agressão já haviam sido removidas por terceiros. 

As duas profissionais sofreram hematomas e lesões superficiais. A ambulância passou a noite parada, foi consertada na manhã de hoje e já voltou a rodar na cidade. 

Francisco Gleydson da Silva foi preso ainda na noite de ontem acusado de provocar o dano ao patrimônio público e os ferimentos aos profissionais médicos. Ele foi transferido da Central de Flagrantes para o 7º Distrito Policial, no bairro Parque Alvorada, e está a disposição da Justiça. 


Casos são comuns
Essa não foi a primeira vez que ambulâncias do Samu levaram chutes e pedradas da população. "Essa foi a primeira vez de fato que a nossa equipe ficou ferida. Não posso dizer que são frequentes (casos de hostilidade), maioria da população recebe muito bem nossas equipes", explicou Clara Leal. Segundo a coordenadora, os casos que envolvem vítimas de agressão já tem sido acompanhados por viaturas policiais, mas nem sempre isso é possível. 

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"Por se tratar de vidas, não temos como ficar aguardando. A nossa responsabilidade de salvar vidas é muito grande, e retardar esse atendimento poderia se caracterizar omissão de socorro", acrescentou. Ela relata que equipes ficam temerosas em realizar os atendimentos após casos como esse. 

Fábio Lima
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