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Loco Abreu vira Jason e Botafogo vence São Paulo no Engenhão

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Conhecido como Jason pelas impressionantes arrancadas conseguidas durante os últimos anos no Brasileiro, o São Paulo não justificou o apelido neste domingo e foi derrubado pelo Botafogo. No Engenhão, o Glorioso venceu o Tricolor Paulista por 2 a 0, com gols de Loco Abreu e Edno, e abriu nove pontos de distância para o maior campeão da era dos pontos corridos.



Em terceiro lugar, agora com 37 pontos, o Alvinegro coloca-se cada vez mais perto dos líderes Fluminense e Corinthians, que estão colados na mira. Com o tropeço dos rivais na 21ª rodada, o Bota encostou de vez. Faltam quatro pontos para chegar no Flu e apenas um de olho em igualar o Timão.

Na próxima quarta-feira, o clube da Estrela Solitária vai até o Serra Dourada para encarar o Goiás. No outro dia é a vez do São Paulo receber o Internacional, no Morumbi. Jason acabado ou ainda vivo, saberemos em breve.

A expectativa da torcida que compareceu em bom número no Engenhão era de ver a dupla Loco Abreu e Herrera no ataque, mas o argentino foi vetado por lesão ainda não revelada pelo departamento médico do Botafogo e o time entrou no esquema 3-6-1, com a manutenção de Fahel e Renato Cajá entre os titulares. Porém o esquema aparentemente defensivo não acuou o Glorioso, que partiu para cima e animou o público.

Motivado pelo gol diante do Santos, Loco Abreu buscou as jogadas ofensivas como homem de referência e foi acionado por diversas vezes. Com El Loco sozinho na área, a meta do Bota foi explorar as jogadas pelas laterais. Alessandro e Marcelo Cordeiro eram as alternativas, mas o lateral-esquerdo sentiu a coxa direita e foi substituido por Edno. A lesão do camisa 6 freou um pouco do ímpeto ofensivo alvinegro, o que fez o São Paulo equilibrar as ações.

Porém buscar o tento era necessário por mais do que os três pontos, já que o técnico da Seleção, Mano Menezes, acompanhava o confronto com atenção. Dito isso, Maicosuel decidiu aparecer mais, ao diminuir os espaços entre os setores. Apesar da pressão, o primeiro chute do Botafogo foi dado apenas aos 23 minutos, com uma bomba de Marcelo Mattos bem defendida por Rogério Ceni.

Faltava ser efetivo nas finalizações, que praticamente não existiram. Quando a chance poderia surgir, Xandão puxou Maicosuel na corrida e recebeu amarelo. Os planos do Bota não davam certo e a bruxa estava solta. Aos 35 minutos, Marcelo Mattos subiu e foi travado na bola por Richarlyson. O volante alvinegro levou a pior na queda e lesionou o joelho esquerdo. Caio entrou e ainda teve tempo para ver de perto o chute de Edno, aos 46, que foi rebatido por Rogério Ceni e quase sobrou para El Loco.

O papo de Joel Santana no vestiário animou de vez o Bota, que partiu com tudo logo nos minutos iniciais da segunda etapa. No primeiro minuto, Caio trabalhou com Renato Cajá e o segundo quase achou Loco Abreu, mas a zaga tirou no momento exato. Três minutos depois, Caio surgiu na frente da área, mas chutou fraco e deixou a tentativa nas mãos de Rogério Ceni.

A ronda do Glorioso era intensa e Caio estava pronto. Aos 10, Fábio Ferreira acionou Maicosuel, que deixou passar para o Talismã. Ele chutou o gramado, mas Rogério Ceni errou na saída e por pouco o Alvinegro não inaugurou o marcado. Mas não eram só os atletas que falhavam. Caio foi derrubado dentro da área e o árbitro Carlos Eugênio Simon equivocadamente marcou falta, aos 11 minutos.

Com a postura ofensiva em dia, o Botafogo também não se descuidou na defesa. Pelo São Paulo, a maioria das jogadas na criação surgiam pela esquerda, dos pés de Casemiro e Richarlyson. Inclusive foi Ricky que fez Jefferson trabalhar pela primeira vez, em cruzamento aos 20 minutos. Quando o Sampa parecia reagir, brilhou a estrela de um louco uruguaio.

Aos 22 minutos, a defesa do São Paulo bobeou e a bola sobrou para Caio. O Talismã chegou na frente de Ceni, que defendeu a primeira, mas nada conseguiu fazer no chute firme de Loco Abreu. Comemoração contida e mãos ao céu para homenagear Diego Rodríguez, zagueiro do Nacional (URU), que faleceu após acidente automobilístico. Segundo gol do atacante no Brasileirão e festa nas arquibancadas.

Atrás na contagem, o São Paulo acordou para deixar tudo igual e assustou os alvinegros. Carlinhos Paraíba e Ilsinho entraram para auxiliar Fernandão, mas os espaços surgiram e Edno finalizou para decidir. O camisa 11 desceu pela esquerda aos 35, esperou a definição de Rogério Ceni na meta e fuzilou o capitão adversário. Reação por reação, falta inventar um apelido de ressurreição para o Botafogo.


Fonte: Lancenet
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