O Cidadeverde.com e a TV Cidade Verde tiveram acesso ao áudio da tentativa de suborno ao capitão Fábio Abreu, comandante da Rone (Ronda Ostensiva de Natureza Especial).





O acusado, identificado pela Rone, como Ronaldo Vargas de Araújo, foi preso na última sexta ao meio, depois de tentar furtar dinheiro de um dos caixas da agência do Banco do Brasil, no Centro de Teresina.


O diálogo ocorreu dentro da viatura entre a agência na rua Álvaro Mendes e a Central de Flagrantes, na presença de mais dois policiais da Rone.


Ouça o diálogo:





Transcrição do áudio:


Preso: Eu queria falar, sargento.
Capitão: O que tu quer falar?
Preso: Eu queria falar que eu tou com uma mixaria bem aqui na carteira, aqui sargento. Ta bem aqui a carteira na minha mão.
(Policiais sorriam e dizem que é capitão)
Capitão: Fala sério! Que mixaria? Seja mais claro, o que tu quer mesmo?
Preso: Que o senhor me livre. Senhor para aí em qualquer lugar aí, faz de conta que não me conhece e me deixe cuidar da minha vida.
Capitão: Foi à proposta mais certa pra pessoa mais certa viu? (risos)
Preso: resmunga
Capitão: Lá em Brasília, você pode encontrar isso..
Preso: Não capitão, eu sei que lá também tem pessoas boas, em todos os lugares tem né capitão.
Capitão: Seria bom se a gente aceitasse a sua proposta, é?
Preso: Não Não, num to falando pro senhor aceitar não capitão. To só esclarecendo.
Capitão: Então vamos tentar te entender. Quanto é... o que tu ta querendo mesmo?
Preso: Pra “mim dar” um dinheiro aqui pra vocês me liberem, capitão.
(silêncio)
Capitão: Quanto é que tu quer dar para nós?
Preso: Ta bem aqui na minha carteira, capitão. Tudo que eu tenho aqui, capitão.
Capitão: Diz aí quanto é?
Preso: Tem uns trezentos reais. Mas, eu posso arrumar mais, capitão. Se o senhor pensa aí e livra a minha cara mesmo, eu arrumo mais.
Capitão: Lá em São Luis num deu certo não?
Preso: Não, não. Mesmo porque eu fui fazer foi esse documento mesmo. Ali, é porque ali, num sabe capitão, foi uma tentação grande ali, num sabe? A gaveta dela estava aberta, aí aconteceu o fato.
(momento de silêncio)
Capitão: E outra coisa, tem outro na parada?
Preso: Não tem não, não senhor. Aí eu num jogo sujo não, já vi que vocês são gente boa, não ficaram com agressão comigo. Eu não vou mentir. Ali foi o seguinte, o rapaz foi pedir informação pra mim, achando que eu era funcionário, qualquer outra coisa.
Capitão: Lá no hotel o que que tem?
Preso: Não, só tem minha moto mesmo. Não tem nada de errado mais do que eu não, senhor.


Caroline Oliveira
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