Em assembleia realizada na noite desta terça-feira (28), bancários do Piauí decidiram, por unanimidade, deflagrarem greve por tempo indeterminado no Estado. A paralisação começa às 0h desta quarta-feira e vai afetar os serviços dos principais bancos públicos e privados. Agências do interior também devem aderir ao movimento.
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Mais de 300 servidores participaram da assembleia na sede do sindicato. Eles rejeitaram a proposta de 4,29% de reajuste - querem 11%. A entidade alega que negociou por um mês com os bancos, e o percentual de aumento, além de ser menos da metade que o pretendido, foi oferecido verbalmente, sem qualquer garantia documental. Além disso, a Federação Nacional dos Bancos não teria respondido o ofício pedindo apresentação de nova proposta.
Uma nova assembleia será realizada às 17h no primeiro dia de suspensão das atividades, para avaliar o movimento, que deve ocorrer em todo o país. No ano passado, eles conseguiram reajuste de 6%, mas reclamaram a falta de acordo para evitar, por exemplo, casos de assédio moral nas agências.
O que querem os bancários:11% de reajuste salarial.Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário míni mo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.Previdência complementar em todos os bancos.Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.
Aline Raquel (TV Cidade Verde)
Fábio Lima (da Redação)
