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Lula pede “presente de aniversário”: o voto em Dilma e Wilson

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Ao encerrar comício realizado na noite desta quarta-feira (13) em Teresina, o presidente Lula pediu aos piauienses um presente de aniversário. O petista completará 65 anos no dia 27 de outubro, e desejou a eleição de Dilma Rousseff (PT) como sua sucessora no dia 31 de outubro, quando acontece o segundo turno das eleições presidenciais e estaduais. 


"Não me importo de ganha presente atrasado. Eu quero que o Brasil me dê de presente a Dilma presidente do Brasil no dia 31 de outubro", disse o presidente, que pernoita na capital do Piauí para cumprir agenda administrativa na manhã desta quinta-feira. A candidata também discursou, assim como os senadores eleitos Ciro Nogueira (PP) e Wellington Dias (PT), que pediram votos para a reeleição do governador Wilson Martins (PSB).


Irreverente, vestindo camisa vermelha, Lula falou em obras do Piauí. Disse que a ponte estaiada e o Hospital de Urgência de Teresina só foram concluídos graças a sua eleição e a de Wellington Dias como governador. Declarou ainda que o Hospital Universitário só não será inaugurado logo porque as eleições vetam a realização de concurso para o quadro de funcionários. Do contrário, o faria amanhã, e disse que o centro de saúde ficará de dar inveja a alguns dos principais do país. 


Ao falar sobre a região, Lula declarou que o Nordeste é prioridade em seu governo. Pernambucano, lembrou que a região era vista como de analfabetos por ter menos mestres e doutores, mas afirmou que a história está sendo mudada. O presidente comentou que se incomodava quando pessoas diziam que nordestino ia para São Paulo virar pedreiro, e não médico ou engenheiro.

Ao citar o programa Bolsa Família, Lula disse que os críticos chamam o benefício de esmola e populismo por não saberem o quanto R$ 100 representam na vida de uma pessoa. Segundo o presidente, tal valor servia de gorjeta ao garçon quando os mais ricos iam beber uísque. Como exemplo de mudança de vida, mencionou que nunca tanta gente andou de avião.


Lula também falou dos adversários. Disse que a oposição, ao pedir o fim da CPMF, prejudicou o Brasil, e não ele. 

O presidente também deu um recado para Dilma Rousseff. Disse que pesquisas são boas para quem está ganhando, mas pediu que a candidata não perca o empenho na campanha. 



Governadores eleitos

Durante seu discurso, Lula deu a palavra aos governadores eleitos do Ceará, Cid Gomes (PSB), e da Bahia, Jaques Wagner (PT). Cid declarou que o presidente tem altos índices de aprovação porque deixou de priorizar as regiões Sul e Sudeste e passou a olhar mais pelo Nordeste. 

“No passado era tudo para o Sul e nada para o Nordeste”, disse Cid Gomes.
Jaques Wagner fez um apelo aos eleitores. "Pelo amor de Deus: tentaram inventar mentiras para botar vendas nos olhos do povo. Não caiam no conto do vigário", disse. O governador ainda brincou ao falar que na Bahia o eleitor diz que antes votou em "painho" (em referência a Lula) e agora votará em "mainha" (Dilma).



"Prefiro esta mulher do que aquele homem"
Lula defendeu a continuidade dos projetos federais para a região e pediu votos à sua afilhada política. "Não é a disputa entre um homem e uma mulher. Se fosse só isso, eu ainda preferia esta mulher do que aquele homem. Conheço a cabeça e a alma dos dois", afirmou


Lula comentou os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto. Dirigindo-se à candidata, analisou: "Hoje saiu uma pesquisa, Dilma 49%, o adversário 43%. Eu vi ontem: Dilma 54% e o outro 45%... Olha, Dilma, pesquisa é bom quando a gente tá ganhando, mas não pode nortear".Em nordestinês, apelou: "se vocês derem mais de 60% dos votos a essa mulher, eu vou ficar acabrunhado, meu filho... Faço aniversário no dia 27 de outubro. Não reclamo de pedir presente atrasado. Me deem de presente a Dilma presidente da República no dia 31!".





Com jeito brincalhão, Lula apresentou Dilma aos piauienses: "quando apertei 13, eis que aparece uma mulher bonita, pintada, e eu perguntei: cadê o bardudo? O gato comeu... Prazerosamente, trocamos a voz de um barbudo de taquara rachada por uma mineira, gaúcha, brasileira, piauiense, que tem a competência para decidir os destinos do País".



Yala Sena (flash da avenida Marechal Castelo Branco)
Fábio Lima (da Redação)
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