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Queda do dólar deve fazer mercado de luxo crescer 22% em 2010

O dólar fechou na quarta-feira (13) em R$ 1,655, a menor cotação desde 1º de setembro de 2008, quando alcançou a marca de R$ 1,646. E quem tem a comemorar com este cenário é o mercado de luxo brasileiro, que vê os produtos importados com preços mais atrativos.



“Com a moeda norte-americana desvalorizada, os segmentos que dependem de importação são mais favorecidos”, explicou o presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, Carlos Ferreirinha.

O mercado de luxo faturou US$ 6,23 bilhões no ano passado no Brasil, o que corresponde a um crescimento de 4%. Para este ano, a perspectiva é de que este mercado continue a crescer: o faturamento deve ser ampliado em quase 22%, alcançando US$ 7,59 bilhões, sendo que em 2011 grandes marcas investirão no mercado brasileiro.

“A condição de pagamento diferenciada praticada no Brasil em cartão de crédito aumenta a base de consumo”, disse Ferreirinha sobre outros fatores que incentivam o mercado de luxo.

O outro lado
Apesar de ser um aliado, o dólar baixo também pode ser um vilão para o mercado de luxo, porque cria um concorrente: o turismo internacional de compras.

“Os brasileiros estão consumindo no exterior. Eles foram o melhor tíquete médio de consumo em todo o território americano no ano de 2009, mantendo a liderança isolada em Miami e em Nova York”, ressaltou Ferreirinha.

E a perspectiva é de que o dólar continue em baixa, estimulando a compra de passagem de avião, hospedagem no exterior e compras de produtos em outros países. De acordo com o gerente de câmbio da TOV Corretora, Luiz Fernando, o principal motivo para a queda é o fluxo cambial.

“Há muita entrada financeira na bolsa de valores que são somente especulações. Isto faz com que o mercado de câmbio fique em queda, pois na realidade esses valores não existem”.

A solução, disse ele, é o Banco Central começar a pensar em tomar atitudes mais enérgicas. “Uma boa alternativa seria aumentar a tributação na entrada de dinheiro especulativo, assim a moeda americana se valorizaria novamente”.

Fonte: Info Money

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