A seleção brasileira feminina de vôlei é a atual campeã olímpica, já venceu oito vezes o Grand Prix e uma vez a Copa dos Campeões. Agora, a equipe está no Japão para brigar pelo título que falta: o de campeão mundial. O Brasil estreia no Mundial feminino na madrugada desta sexta-feira, contra o Quênia, e terá que superar ausências por lesões para vencer o torneio mais importante depois do ouro em Pequim.
As ponteiras Mari e Paula Pequeno se machucaram durante o Grand Prix deste ano e estão fora do grupo. Mari rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito, passou por uma cirurgia em setembro e precisa de seis meses para voltar a jogar. Já Paula teve fratura e lesão no ligamento do tornozelo esquerdo e chegou a voltar a treinar, mais foi cortada.
“A Paula e a Mari são duas jogadoras experientes e muito importantes para o grupo. São grandes perdas, jogadoras que fariam falta para qualquer equipe do mundo. Mas as lesões fazem parte do esporte e temos de superá-las”, disse o técnico José Roberto Guimarães.
Para compor o time, o treinador usará Jaqueline e a jovem Natália, que disputa seu primeiro Mundial, nas pontas. Para a reserva, ele convocou a estreante em seleção Fernanda Garay . “Com o time que temos, estamos em condições de jogar de igual para igual contra qualquer equipe do campeonato. O time tem treinado muito bem, e as jogadoras estão se esforçando ao máximo”, afirmou Zé Roberto.
Essa será a primeira competição de Natália como titular. Ela, que é considerada uma coringa do time e já jogou como oposta, sabe da responsabilidade. “Ter a missão de substituir duas grandes jogadoras como a Mari e a Paula não será fácil. Mas estou trabalhando para fazer o meu melhor no Mundial e ajudar o Brasil a trazer o título inédito. Todas as meninas me ajudam muito. O grupo é forte e unido”, diz a atleta.
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Natália será uma das ponteiras titulares do Brasil no Mundial |
Temporada de sustos
Para subir mais um degrau, a seleção passou por outros sustos na temporada com atletas machucadas. A central Carol Gattaz perdeu parte da preparação e o Grand Prix para se recuperar de uma fascite plantar no pé esquerdo. Durante os primeiros amistosos do ano, contra o Japão, a capitã Fabiana teve dores no joelho. Já nos jogos contra os Estados Unidos, depois da prata no Grand Prix, Sheilla luxou o dedo da mão direita e teve que ficar fora, assim como Jaqueline, também com dores no joelho
Cobrança por vitórias
A central Thaísa tem uma visão mais otimista da comparação que pode acontecer entre o desempenho de homens e mulheres. “O título dos meninos nos motivou ainda mais. Foi muito legal assistir à conquista deles. Agora quero que o nosso campeonato comece logo”, disse a atleta.
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Thaísa está ansiosa para a estreia no Campeonato Mundial |
Caminho no Mundial
As duas melhores seleções de cada chave da segunda fase passam para as semifinais e seguem na disputa pelo título. As duas piores equipes de cada grupo são eliminadas do Mundial. As outras oito continuam na competição para a disputa do 5º ao 12º lugares.
Fonte: IG