A secretária de justiça, Cléa Coutinho, falou nesta quinta-feira,4, sobre a vulnerabilidade da segurança do presídio de Esperantina. Ela admitiu que há problemas na segurança do local e disse que a tentativa de fuga ocorrida ontem pode ter influência do assalto ocorrido ao Banco do Brasil, na vizinha cidade de Luzilândia.

“Nós trabalhamos com um efetivo pequeno, mas acreditamos o que colaborou com o plano de fuga foi o assalto em Luzilândia, pois não deixa de chegar informações lá dentro. Eles (os presos) devem ter recebido informações sobre o assalto ao Banco do Brasil. Eles sempre programam motins. Isso é ‘normal’ e acontece”, considerou Cléa Coutinho.

A secretária detalhou o motim e contou que tanto na parte da manhã quanto na parte da tarde o agente penitenciário notou que dois cadeados estavam abertos e no momento que ele deu o alarme começou uma movimentação.

“Os presos começaram a sair e queimaram alguns colchões. Eles danificaram algumas celas, mas graças a Deus o motim foi controlado por volta das 22h”, disse a secretária.

A penitenciária - A penitenciária de Esperantina tem capacidade para abrigar 157 presos, mas existe população carcerária de 182 internos. Doze dos envolvidos na tentativa de fuga foram transferidos para a penitenciária de Parnaíba e 59 para Casa de Custódia, em Teresina.

Os presos só voltam à penitenciária quando as celas do pavilhão “C”, onde houve a tentativa de fuga forem consertadas. O local abrigava 69 presos.

Ferido - O preso Renato Rodrigues Tavares foi um dos detentos feridos durante rebelião ontem no presídio Regional Luiz Gonzaga Rebelo, em Esperantina. Ele foi trazido para Teresina e atendido no HUT (Hospital de Urgências de Teresina). O preso foi atingido na perna por um tiro.

Adriana Cláutenes Lemos (especial para o Cidadeverde.com)
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