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Polícia revela mapa do tráfico e pede ajuda da população de Teresina

As Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), juntamente com a Policia Militar do Piauí, realizam patrulhamento diário em todos as áreas de Teresina. Esse trabalho aponta as áreas consideradas mais perigosas da cidade devido ao tráfico de drogas: Parque Universitário e Vila Madre Teresa, zona Leste; Vilas São Francisco Sul, Jerusalém (ao lado do estádio Albertão) e Dagmar Mazza, zona Sul; e o "Inferninho" no bairro São Joaquim, zona Norte, considerada a área mais crítica.

Fotos: Thiago Amaral

Os entorpecentes mais consumidos nessas regiões são crack, maconha, cocaína e oxi, uma nova droga que causa os mesmos efeitos do crack. 

Não há indícios que esses traficantes planejem total disputa por território e que necessite tomada da polícia, a exemplo do que aconteceu nos ultimos dias no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Entretanto, o comandante do Batalhão de Operações Especiais do Piauí (Bope-PI), coronel Marcio Oliveira, pede que a população ajude a políca no patrulhamento.
 
“As prisões dos chefes do tráfico no morro do Rio de Janeiro foram possíveis também porque a população ajudou divulgando informações. A polícia subiu com o total apoio e respeito dos cidadãos que lá residiam”, declarou o coronel na tarde desta segunda feira (29), no Jornal do Piauí.

Os moradores dessas regiões sentem-se inseguros para prestar declarações sobre o assunto. "Aqui eles consomem drogas a luz do dia. Nem a policia enconsta por medo, a gente fica com receio até de sair na porta de casa", declara uma moradora do bairro São Joaquim que não quis se identificar.

  
Drogas - um problema político e social
Na mesma entrevista, estava o coordenador da Fazenda da Paz, Célio Barbosa que considera drogas um problema social. “Não basta tirar a droga e combater o trafico. É preciso reintegrar os cidadãos envolvidos nessa prática”, afirma.
 
Célio considera a presença do Estado, através da polícia, fundamental. Nas últimas décadas, quem fazia o papel de Estado dentro das comunidades era o tráfico, que comprava alimentos e distribuía à população. Com a intervenção policial dentro da comunidade, o Estado legitima seu papel. “O Estado é poderoso e pode e deve ocupar qualquer território. A polícia precisa manter essa continuidade de pacificação dentro da sociedade”, declara.
 
A Fazenda da Paz trabalha na reintegração social de dependentes químicos. O coordenador informa que o número de pessoas que procuram tratamento aumentou e que por isso é necessário maior participação da população. “Não é possível reintegrar um dependente químico, se esse indivíduo não tiver apoio do Estado e da sociedade”, finaliza.

Com informações do Raimundo Lima
Flalrreta Alves (especial para o Cidadeverde.com)
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