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HUT teme nova superlotação no fim do ano e pede ajuda ao governo

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A menos de um mês do início dos mutirões de cirurgias ortopédicas para desafogar o Hospital de Urgências de Teresina já há uma nova preocupação: as festas de fim de ano, quando o número de acidentes aumenta muito. Segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Pedro Leopoldino, os mutirões ainda não foram suficientes para acabar com as filas na recepção do hospital.


"Em novembro foram feitas 532 cirurgias ortopédicas, sendo 54 no Hospital da PM e 53 no Getúlio Vargas. Nesta época os acidentes aumentam muito e o apelo é para que as pessoas não andem de moto embriagadas e sem capacete. Antes tínhamos 166 pacientes em macas e cadeiras na recepção do HUT e agora temos 61. Não é o suficiente. É desumano. O ideal é manter os pacientes nas enfermarias e nos quartos", disse Pedro Leopoldino, em entrevista ao Jornal do Piauí.


Thiago Amaral/Cidadeverde.com



Em dois finais de semana de mutirão foram realizadas transferências de 72 pacientes para cirurgias. Porém, somente nesta segunda-feira (06) 62 pessoas deram entrada no setor de ortopedia do HUT.


Nas semanas do Natal e Ano Novo o número de profissionais também tende a diminuir. "Deixamos apenas os médicos que ficarão de plantão para cirurgias de fraturas expostas e casos mais graves. Então, se os pacientes do interior fossem atendidos nos hospitais regionais e tivessem o seu problema resolvido por lá para evitar a vinda para Teresina diminuiria muito o nosso problema", explicou.


Uma comissão instituída em reunião no Ministério Público está fazendo visitas nos principais regionais do Estado. Dessas visitas será feito um relatório sobre a real situação desses hospitais e deverá ser levado à promotora Cláudia Seabra até o dia 10, data em que deverá ser assinado o termo de ajustamento de conduta com todos os órgãos envolvidos, delegando as funções de cada um para resolver definitivamente a situação.





Alguns prefeitos, como o de Barras, não estão conseguindo gerir os hospitais municipalizados e "entregaram" o caso para o governo. Hoje, em visita ao Hospital Universitário da UFPI, o governador Wilson Martins comentou que o prefeito que quiser entregar os hospitais ele receberá.


"A nossa prioridade é a saúde. Quem quiser entregar pode entregar, que nós receberemos e vamos cuidar", disse Wilson Martins.


Segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde, apenas 5% dos piauienses possui plano de saúde. Os outros 95% são atendidos pelos aparelhos públicos.


Leilane Nunes
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