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Decisão do STF pode atrapalhar as pretensões do PT/PI por cargos

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Uma nova decisão do Supremo Tribunal Federal pode atrapalhar as pretensões dos partidos e a colocação de aliados na reforma proposta pelo governador Wilson Martins (PSB). A decisão impede, por exemplo, que um parlamentar eleito que seja nomeado a algum cargo no governo dê espaço para um suplente da coligação tomar posse. A vaga pertence ao partido e não à coligação.


A comissão do PT que negocia a participação do partido no governo fez uma reunião com Wilson Martins neste final de semana. Mas o acordo firmado pode ser totalmente mudado.


Na tarde de hoje (13) a executiva do PT se reúne para discutir o que foi firmado. Mas o deputado Antonio José Medeiros (PT) já avisa que o partido quer ocupar a quantidade de secretarias de acordo com seu desempenho nas eleições. Ou seja, muitas e de visibilidade.





Em termos práticos, o PT seria beneficiado com a nomeação de Átila Lira (PSB) para a Educação. Isso porque Nazareno Fonteles (PT) assumiria a vaga na Câmara Federal.


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"A proposta do partido é que seja mantida a proporcionalidade dos cargos com o desempenho na eleição não só em números, mas o lugar estratégico", Evidentemente foi criado um problema com essa decisão", explicou Antonio José em entrevista ao Notícia da Manhã.


O deputado comentou ainda que é a favor de que as vagas de suplência sejam dos partidos e não das coligações. "Eu sou a favor de acabar com as coligações nas eleições proporcionais. Acho que é uma medida que protege as ideologias dos partidos políticos. Acho que as coligações devem existir somente nas eleições majoritárias. Essa decisão do STF é um aviso aos partidos políticos", disse o deputado.


Veto ao Pré-sal


O parlamentar afirmou ainda que o presidente Lula, se vetar o projeto dos royalties do pré-sal, deverá apresentar uma emenda sobre a compensação dos estados produtores. Ele é da mesma opinião do governo federal, de que a União não pode se responsabilizar por essa compensação.


Lula também não concorda com a destinação do dinheiro, que funcionará como o FPM ou o FPE, em que governos e municípios usam como lhes convém. "Acho que o presidente deve fazer uma emenda também obrigando que esse dinheiro seja investido em algumas áreas estratégicas e não para aumentar folha de pagamento somente", explicitou.

 

Leilane Nunes
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