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Heráclito contesta diplomata e nega querer "armar" o Brasil

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O senador Heráclito Fortes (DEM/PI) divulgou nota nesta quinta-feira (20) sobre citações ao seu nome no site Wikileaks, que revela documentos confidenciais. Telegramas de um diplomata norte-americano publicados na internet apontariam que o parlamentar defendia a produção de armas no Brasil para ajudar os Estados Unidos a combater Venezuela, Irã e Rússia.

Heráclito Fortes atribuiu a notícia à interpretações equivocadas dos diplomatas para suas declarações e observações. 

Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Veja a íntegra da nota:

WIKILEAKS: VERDADE E RESPONSABILIDADE

Sobre a citação de seu nome em telegramas de diplomatas norte-americanos vazados pelo site Wikileaks, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) esclarece:

Boa parte do que dizem estes informes são resultado de discussões públicas em sessões abertas realizadas pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da qual fui membro e presidente. Não há nada de secreto nisso. Da mesma forma, porém, que um jornalista não pode ser responsabilizado pelo título – às vezes absurdo, como no caso atual – que sua matéria recebe, não posso também ser responsabilizado pelas interpretações e pelo uso, muitas vezes descontextualizado, que diplomatas, na ânsia de mostrar serviço aos seus governos, fizeram de declarações e observações minhas abordadas em público.

Jamais quis “armar o país contra a Venezuela” ou estimular produção de armas para conter avanço de quem quer que seja no continente sul-americano, e muito menos fiz apelos desesperados e aflitos a diplomatas dos Estados Unidos a respeito de qualquer tema, muito menos sobre eventual corrida armamentista na região. Não é do meu feitio, não é do meu estilo, foge ao meu perfil e às minhas convicções.

O único apelo, por assim dizer, que fiz, inclusive à Secretária de Estado, Hillary Clinton, era para que os Estados Unidos dessem a devida importância à União Parlamentar Internacional, da qual eles se recusam a participar, em prejuízo deles próprios. Defendo que a diplomacia parlamentar é um elo de fortalecimento da relação entre os nossos países e deve ser exercida em todos os foros.

E, de funcionários da embaixada, recebi certa vez um apelo para que interviesse junto ao Itamaraty a fim de desembaraçar uma questão burocrática. Sempre tive excelente relacionamento pessoal com o embaixador Clifford Sobel, entre outros. Considero, no entanto, desconcertante ver agora que uma grande potência como os EUA tenha uma diplomacia frágil, muitas vezes exercida por pessoas não qualificadas para a grandeza da tarefa que têm a desempenhar.

Atenciosamente,
Senador Heráclito Fortes

Da Redação
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