Edvaldo Marques (PSB), presidente da Câmara Municipal de Teresina, declarou que o salário dos parlamentares municipais é de exatamente R$ 9.288 e não de R$ 50 mil, como havia sido declarado pelo ex-vereador Inácio Carvalho (PMDB). Os esclarecimentos foram feitos em entrevista ao Jornal do Piauí, na tarde desta sexta-feira (11).

O presidente explicou que os R$ 50 mil citados por Inácio diz respeito aos demais gastos necessários para sustentar a estrutura de um vereador. Segundo ele, a verba de até R$ 30 mil é destinada aos cargos comissionados, como assistências e assessorias. Além disso, há uma ajuda de custo anual, também conhecida como auxílio-palitó, no valor do salário do parlamentar, que é paga em duas vezes.

 

“Para que um parlamentar municipal possa exercer de forma devida o seu trabalho, é preciso que exista uma assistência, uma assessoria. Estes são os cargos comissionados. Além disso, temos uma ajuda de custo para que possamos nos apresentar para a população vestidos de forma devida. Porém, todos esses gastos estão dentro da lei. Jamais autorizaria um pagamento ilegal”, disse Edvaldo.

 

Em resposta às declarações de Inácio Carvalho, a Câmara Municipal enviou um ofício ao prefeito Elmano Férrer solicitando que o ex-vereador não seja mais o interlocutor entre o Poder Executivo e o Legislativo. No documento, os vereadores afirmam que as declarações "são inverídicas, desrespeitosas e desatenciosas", que Inácio teria agido "com malícia e má fé".

 

Apesar disso, Edvaldo afirmou que não foi pedido o afastamento de Inácio da Prefeitura. “É lamentável o episódio. Todos os vereadores solicitaram que o ex-vereador não seja mais o elo entre a Câmara e a prefeitura, mas não podemos interceder nas ações do prefeito. Logo não pedimos, nem vamos pedir, o afastamento dele da prefeitura”, explicou.