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Prédio da Uespi ameaça cair; 3 mil estudantes têm apenas uma sala

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O campus da Uespi de Picos, localizado no bairro Junco, passa por uma reforma que está parada há dois anos. Além disso, três laudos constataram que o material usado pela construtora é de baixa qualidade. O que já foi feito terá que ser demolido.


Thiago Amaral/Cidadeverde.com



Cerca de 3 mil alunos esperam o início do ano letivo para o dia 23 de março. Apenas uma sala de aula está disponível para os estudantes. A diretora do campus está recorrendo a outras instituições pedindo salas emprestadas.





De acordo com a diretora, Soraia Mangueira, o prédio de dois andares que estava sendo construído foi erguido com material de baixa qualidade, o que fez com que a obra foi interrompida.





"A empresa já está respondendo judicialmente e três laudos já constataram o superfaturamento da obra. A parte de baixo precisa ser escorada e a de cima demolida para ser feita novamente. É um desperdício de dinheiro público", pontua.





Soraia descreve ainda que a Uespi de Picos oferece atualmente 11 cursos em regime regular, um em regime especial, quatro através da Plataforma Freire e quatro no Ensino à Distância.





A diretora explica ainda que está usando salas ou pedindo favores a outras insitituições para que seus alunos continuem a estudar. Seriam necessárias 20 salas de aula para comportar todos eles.





"Outro problema é que não temos mais funcionários suficientes para acompanhar os universitários nesses outros locais porque os contratos não foram renovados. Além disso, estamos nos mantendo com o que recebemos de taxas dos alunos porque desde julho só recebemos R$ 1 mil para a compra de material de consumo", declarou.





Soraia afirma que procurou a Secretaria de Educação e foi informada que o problema seria resolvido somente na reitoria da Uespi. "Mas o reitor afirmou que não tem dinheiro para realizar o novo projeto que substituirá o antigo. Muitos alunos procuram outras alternativas para funcionarem como sala de aula. Eu não condeno essa atitude, mas isso não ajuda a pressionar os governantes a mudarem a situação", disse.


O novo projeto de reforma da parque que está caindo está feito, mas não há dinheiro para a obra.





O reitor da Universidade, Carlos Alberto, explica que o contrato com a empresa está sendo quebrado e um bloco do Premem irá abrigar os alunos por este ano, enquanto a situação do campus não é resolvida.


Segundo Carlos Alberto, a empresa contratada para a reforma terceirizou o serviço e o projeto original foi modificado. Mas o reitor nega que o prédio precise ser demolido.





"Já estava com atraso de um ano quando assumimos. Era para ter sido entregue em julho do ano passado e foi prorrogado convênio até dezembro. Deverão ser feitas adaptações na estrutura para dar sustentação. Alguns encarregados da Uespi foram dizendo que era para fazer modificações. Tem uma sala de 40 m e só tem uma tesoura. As paredes acabaram rachando. Nós solicitamos uma inspeção do Crea e mandou um engenheiro lá para alterar o projeto. Nós fizemos contrato valor R$ 34 mil, abrimos procedimento para dividir em 2 vezes e encaminhamos para a Sefaz para fazer o pagamento. Mas caiu no período da folha de pagamento. Enviamos para Sefaz o empenho e estamos fazendo o destrato com a contrutora p retomar a obra", declarou.





Flash de Carlos Lustosa Filho (direto de Picos)
Redação de Leilane Nunes
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