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Nova explosão em usina nuclear fere 11 no Japão. Reator está intacto

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O recinto de confinamento do reator 3 da central nuclear de Fukushima 1 (oeste do Japão), atingido por duas explosões nesta segunda-feira (14 - no horário local, noite de domingo no Brasil), está intacto, informou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU.

"O edifício do reator explodiu, mas o recinto de segurança não foi danificado. A sala de controle do reator 3 continua operacional", afirma a AIEA em um comunicado.

As explosões no prédio do reator 3, ocorridas na manhã desta segunda (horário local), deixaram onze feridos, incluindo seis militares, que a princípio foram dados como desaparecidos, segundo informações da agência Jiji Press.



As duas explosões desta segunda-feira foram provocadas pelo acúmulo de hidrogênio.

Uma explosão similar aconteceu no sábado no edifício do reator número 1 da central, um dia depois do terremoto e tsunami que devastaram a costa nordeste do Japão.

A  explosão de hidrogênio ocorreu no reator número 3 da usina nuclear número 1 do complexo de Fukushima. Imagens da da rede japonesa de TV NHK mostraram fumaça cinza sobre a área após a explosão.

O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, acrescentou que são poucas as possibilidades de haver um vazamento radioativo.

Conforme a agência de notícias japonesa Jiji, que citou como fonte a Tokyo Electric Power, operadora da usina, a explosão não danificou o reator. A notícia da preservação foi confirmada pelo governo.

Desde o terremoto de sexta-feira (11), engenheiros japoneses trabalham para evitar um desastre nuclear na usina, que foi gravemente danificada durante o tremor. Na usina, localizada na costa nordeste a 200 km de Tóquio, técnicos estão injetando água do mar nos reatores para tentar controlar a temperatura, já que o superaquecimento pode provocar explosões e acidentes.

Alerta mundial
A ameaça de um grande acidente nuclear no Japão trouxe à tona preocupações em outros países a respeito da segurança desse tipo de instalação.

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel descreveu a crise no Japão como um momento decisivo para o mundo. Segundo ela, os padrões de segurança nas usinas nucleares alemãs serão revistos. O discurso de Merkel foi feito após um protesto, na véspera, reunir dezenas de milhares de manifestantes, que criticavam o projeto do governo de ampliar o uso dos reatores nucleares do país.

Nos Estados Unidos, o senador Joe Lieberman afirmou que Washington precisa interromper o desenvolvimento de usinas nucleares, até que as lições do que ocorreu no Japão sejam aprendidas.



Fonte: Folha e G1 com agências internacionais
(*) Com informações da EFE, Reuters, BBC e agências internacionais

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