Pacientes revoltados reclamam que não conseguem ser atendidos por médicos do sistema municipal de saúde. Na manhã desta quarta-feira (16), o ambulatório do hospital Getúlio Vargas estava lotado e os usuários eram avisados a todo o momento da falta de vagas para algumas especialidades. A coordenadora da Central de Marcação do SUS, Alduína Rego Monteiro, afirma que recebeu uma denúncia há 10 dias e está verificando.

Fotos: Leilane Nunes/Cidadeverde.com

 
A maioria dos pacientes chega por volta das 6h da manhã para aguardar o atendimento que só começa às 8h. Francisca Maria dos Santos, por exemplo, já estava às 5h30 no hospital mas até às 9h30 ainda aguardava uma confirmação para a sua consulta com um ortopedista. Ela afirma que é a segunda vez que tenta marcar a consulta.
 
Socorro Guimarães afirma que está na fila há horas e a todo momento as atendentes avisam que determinadas especialidades médicas não possuem mais vagas. “A gente perde a manhã inteira na fila e ainda sai daqui sem conseguir marcar (a consulta). Agora há pouco a moça avisou que não tem vaga para otorrino”, reclama. 


 
A costureira Heleni Nunes Marques também foi avisada que chegou às 6h30 e às 9h foi avisada que foi avisada que deveria voltar depois.
 
A diretora administrativa do ambulatório, Clarisse Lima, explica que as consultas são marcadas nos postos de saúde dos bairros da capital através do sistema on-line ou por telefone. O problema é que nos postos, mesmo sabendo que não há mais vagas, os atendentes continuam marcando consultas. “Quando colocamos as consultas no sistema e vemos que há um número excedente, avisamos aos pacientes que aguardam no laboratório. Se não há vagas, informamos ao paciente que ele deve retornar na véspera da consulta. Porque somente na véspera é que sabemos se o número de vagas já foi preenchido”. 


 
A coordenadora da Central de Marcação de Consultas, Alduína Rego Monteiro, afirma que tomou conhecimento do problema há 10 dias e explica que, se está havendo participação de algum funcionário será apurado.

Alduína explica que houve um problema no envio da agenda dos médicos do HGV. "Nós recebemos a denúncia e passamos para a nossa médica auditora, que também atende no HGV e teve sua agenda repassada de forma errada. Nós já providenciamos o ajuste e os atendimentos estão sendo normalizados", declarou.



Ela confirma que os funcionários só podem marcar as consultas de acordo com a agenda dos médicos, que é disponibilizada anteriormente. Após a marcação, o paciente recebe uma guia que ele leva até o ambulatório para a confirmação e encaminhamento. Quando há problema na agenda do médico, a consulta é remarcada.

Leilane Nunes
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