O reitor da Universidade Federal do Piauí - UFPI -, Luiz de Sousa Santos Júnior, garantiu que a regionalização de conteúdos não será prejudicada com o fim do PSIU - Programa Seriado de Ingresso na Universidade. Na tarde desta quarta-feira (16), ele concedeu entrevista coletiva para falar da adesão integral ao Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM.
Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com
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Segundo o reitor, uma das exigências para que a UFPI se integrasse ao Sisu - Sistema de Seleção Unificada -, que reúne estudantes de todo o País, foi a inclusão de professores da instituição no banco de elaboração de provas do ENEM. Luiz Júnior afirmou que o fim da avaliação local não invalida o trabalho dos professores nas escolas, que precisam continuar a ensinar história, geografia e literatura do Piauí, mesmo sem a garantia de que tais conteúdos serão cobrados.
Na visão de Luiz Júnior, a prova nacional dará ao aluno uma "visão geral de mundo" nos seus estudos, e o ENEM não valorizará só conteúdos de São Paulo ou Rio de Janeiro. Para o reitor, isso modifica a forma de educar no Brasil.
A UFPI já havia aderido ao ENEM em 2008, mas ficou impossibilitada de fazê-lo totalmente por conta do PSIU. Era preciso encerrrar todas as etapas para não prejudicar estudantes quem já havia iniciado o programa seriado, o que ocorreu no ano passado. Assim, as vagas eram divididas igualmente entre os dois processos de seleção. Em 2011, ainda serão 5.736 cadeiras em vários cursos na capital e interior.
Luiz Júnior justificou a adesão também como forma de diminuir a carga de estudos do aluno. Em 2010, ENEM e PSIU chegaram a ter choque de datas. "Com 100% Sisu, o modelo fica mais simples e não sobrecarrega o aluno", defendeu. O reitor também explicou que o Exame Nacional é um modelo ainda a ser experimentado e que teve seus problemas recentes solucionados. Ele não acredita que os escândalos do ano passado atrapalhem a seleção.
Recursos
Outro argumento levado em conta na decisão foram os custos do PSIU. Segundo o reitor, a UFPI bancava despesas mensais com luz, telefone, Correios e outras necessidades. Agora, a despesa será toda do Ministério da Educação. Luiz Júnior não soube informar quanto a universidade economizará.
Também haverá por parte do Governo Federal assistência aos estudantes que precisem de deslocamento, como um aluno do Piauí que passar no ENEM para São Paulo, por exemplo. A verba de assistência pulou de R$ 1 milhão para R$ 9,3 milhões no orçamento. São vários tipos de bolsas, uma delas no valor de R$ 350.
Copese continua
A Comissão Permanente de Seleção - COPESE - continuará a existir. Ela realiza outros serviços, como concursos públicos para prefeituras.
Yala Sena (flash da UFPI)
Fábio Lima (Da Redação)