Policiais civis do Piauí decidem na manhã de hoje que atitude tomar em relação à manifestação do governo do Estado de não cumprir o acordo firmado na greve do ano passado. Os trabalhadores ameaçam nova paralisação ou execução do dissídio acordado no Tribunal de Justiça.
Cristiano Ribeiro, durante greve em 2010
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais, Cristiano Ribeiro, na greve de fevereiro de 2010, o governo acordou que pagaria 24% de reajuste em maio deste ano, mas surgiu na semana passada uma nova proposta de que esse valor seria parcelado em quatro vezes. Iniciando em novembro de 2011 e as demais parcelas seriam pagas até novembro de 2012.
“Essa proposta é imoral, indecente e por demais lamentável. Estamos trazendo a proposta para apreciação em assembleia geral”, afirmou Ribeiro. Na paralisação de 2010, foram 19 dias de greve durante o carnaval que culminou com um confronto em policiais civis e militares em frente ao IML.
Os policiais irão analisar em assembleia se apresentam uma contra-proposta de pagamento de 12% em maio e os restante dividido em duas parcelas a serem pagas em 2011, ou se executam o dissídio junto à Justiça ou ainda se aguardam um novo acordo em greve.
A assembleia acontece em frente à delegacia Geral na Praça Saraiva e conta com um grande número de agentes. A proposta atinge agentes, escrivães, peritos papioscopistas, médicos legistas e médico odonto-legal.
Atualmente o salário inicial de um agente de polícia é R$ 1.900, chegando a R$ 2.600, se for agente especial.
Flash de Caroline Oliveira
Redação Carlos Lustosa Filho
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