Após a retirada de barreiros da região do bairro Santo Antônio, zona Sul de Teresina, numa ação do Ministério Público há mais de 10 anos, famílias invadiram a região e construíram casas. Nos locais onde antes eram extraídos seixo, maçara e aterros, foram se formando lagoas com esgotos vindos de instituições públicas e privadas da região. A situação se agravou e novamente o Ministério Público foi acionado.

A comunidade é conhecida como Parque São Jorge, onde cerca de 500 pessoas vivem atualmente, próximas a três lagoas formadas por dejetos da Casa de Custódia, da Penitenciária Feminina, de uma empresa de refrigerantes e de um abatedouro de frangos.

Foto: Caroline Oliveira/Cidadeverde.com

Promotora Maria Carmem Almeida

Segundo a promotora Maria Carmem Almeida, da 30ª Procuradoria de Justiça, será aberto um inquérito civil para investigar a situação, já que as lagoas estão provocando doenças principalmente nas crianças que moram na região.

“Já tiveram caso de hepatite B. O local é insalubre, há um mau cheiro terrível”, conta a promotora.

Desde 2005, o Ministério Público envia ofícios à Casa de Custódia pedindo explicações sobre o motivo dos dejetos estarem sendo jogados naquele lugar e nada foi feito.

“Pedimos uma averiguação da Superintendência de Desenvolvimento Urbano/Sul e da Vigilância Sanitária e vamos abrir um inquérito civil. Alguma providência tem que ser tomada urgente. São ações prioritárias”, destacou Carmem Almeida.

A promotora Leida Diniz também participa da ação. No local, moradoras afirmam que as crianças adoecem com o contato com a água, causando principalmente manchas e doenças de pele. E confirmam que já houve casos de doenças graves como a hepatite.

Mais informações no blog O Processo:
Casa de Custodia polui comunidade

Caroline Oliveira
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